Revista Espaço (Dec 2013)

Avaliação do vocabulário de crianças surdas inseridas no contexto educacional da pré-escola do Instituto Nacional de Educação de Surdos

  • John Van Borsel,
  • Mônica Medeiros Britto Pereira,
  • Regina Célia Azevedo Soares

DOI
https://doi.org/10.20395/re.v0i40.148
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 40

Abstract

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A capacidade de se comunicar usando a linguagem verbal é um dos aspectos que distinguem os seres humanos dos demais seres viventes. A presente pesquisa tem como objetivo avaliar o vocabulário expressivo de alunos surdos, matriculados na educação infantil, usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras), analisando em quais campos conceituais os educandos apresentam maior domínio de nomeação e identificam os processos por eles utilizados. A pesquisa utilizada para a realização deste trabalho foi um estudo transversal descritivo. A amostra foi composta por 17 alunos, matriculados na pré-escola do Serviço de Educação Infantil, do Instituto Nacional de Educação de Surdos - MEC localizado à Rua das Laranjeiras, 232, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, com diagnóstico de surdez neurossensorial severo- profunda, divididos em dois grupos com idades entre 5 e 9 anos e 11 meses, de ambos os sexos. Como língua de instrução foi usada a Libras, razão pela qual o intérprete permaneceu junto ao pesquisador durante o processo de aplicação do teste. Não participaram da pesquisa alunos matriculados na pré-escola há menos de 1 ano e aqueles que apresentaram outras deficiências associadas à surdez. Foi utilizado o Teste de Linguagem Infantil ABFW - Vocabulário. As respostas foram classificadas em: designação do vocábulo usual (DVU), não designação (ND) e processos de substituição (PS), de acordo com a proposta da autora da prova. Os resultados mostram que ambos os grupos pesquisados (de 5 e 6 anos) apresentaram desempenho inferior no que se refere a DVU e mais processos de substituição. Já com relação aos processos de ND, não foram observadas diferenças. O baixo desempenho do grupo pesquisado pode ser explicado pelo fato de a maioria das crianças ser oriunda de famílias ouvintes que desconhecem ou pouco usam a Libras como língua de instrução, comprometendo etapas cruciais para que a criança adquira conceitos e amplie seu vocabulário.