Infarma: Pharmaceutical Sciences (Jan 2015)

Exposição ao diabetes gestacional: Alterações sobre os parâmetros de estresse oxidativo e acúmulo de ferro esplênico em ratos

  • Eduardo Carvalho LIRA ;Geórgia Maria Ricardo Félix dos SANTOS ; José Jairo Teixeira da SILVA; Glória Isolina Boente Pinto DUARTE,
  • Francisco Carlos Almanajás de AGUIAR JÚNIOR,
  • Cristina de Oliveira SILVA

DOI
https://doi.org/10.14450/2318-9312.v27.e4.a2015.pp205-213
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 4
pp. 205 – 213

Abstract

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Estudos recentes têm associado um aumento do estresse oxidativo desencadeado pela hiperglicemia à sobrecarga de ferro, por mecanismos pouco conhecidos. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de ferro esplênico, bem como os níveis de peroxidação lipídica e glutationa reduzida (GSH) na prole adulta de ratas com Diabetes gestacional (DG). O DG foi induzido no 7º dia de gestação em ratas Wistar com dose única de estreptozotocina. Fêmeas controles (ND) receberam veículo. A prole foi dividida em dois grupos: DG e ND. O perfil glicêmico da prole foi analisado pelo teste de tolerância à glicose intraperitoneal (TTGip). O estresse oxidativo foi avaliado através das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e níveis de GSH em tecido hepático. Para a quantificação do ferro esplênico, cortes histológicos foram analisados através da coloração de Perls. A prole DG apresentou uma menor tolerância à glicose aos seis meses de idade, o TTGip mostrou aumento da glicemia após 15 (p < 0,01) e 90 (p < 0,05) minutos comparado a prole ND. Os níveis de ferro esplênico foram elevados (p < 0,05) na prole DG, bem como os níveis de TBARS no fígado (p < 0,01). A concentração hepática da GSH foi reduzida (p < 0,01) quando comparada ao grupo ND. Os resultados mostram que a intolerância à glicose, os níveis elevados de ferro esplênico e de estresse oxidativo, bem como os níveis reduzidos de glutationa na prole DG podem estar associados ao desenvolvimento do diabetes e suas complicações na vida adulta.

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