Interseções (Jul 2024)

Como os estudos críticos interseccionais e a ecofenomenologia conferem inclusão política aos animais não humanos

  • Ana Paula Barbosa-Fohrmann,
  • Anna Caramuru Pessoa Aubert

DOI
https://doi.org/10.12957/irei.2023.71305
Journal volume & issue
Vol. v.25 n.3 (2023)
pp. 1 – 15

Abstract

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O objetivo do presente artigo é revelar que os campos filosóficos da fenomenologia e dos estudos críticos em suas diversas interseccionalidades têm significativo potencial para tratar da questão animal, dando origem ao que vem sendo chamado de “ecofenomenologia”, pois permitem que enxerguemos animais não humanos como sujeitos intencionais e comunicativos e questionemos a própria divisão Homem-natureza e noções filosóficas antropocêntricas. Diante desse cenário, no presente artigo pretendemos revelar, (i) a partir dos estudos críticos interseccionais e seguindo os pós-estruturalistas, que a divisão humano-animal é uma construção que pode e deve ser questionada; e (ii) que a ecofenomenologia pode ser empregada para que modifiquemos a posição e o tratamento concedido aos animais não humanos em nossas sociedades, e que, em razão dos dois últimos pontos, (iii) qualquer teoria política que leve a sério a questão da inclusão deve levar em consideração o sujeito animal.

Keywords