Brazilian Journal of Psychiatry (Sep 2010)
Clinical and biological predictors of Alzheimer's disease in patients with amnestic mild cognitive impairment Preditores clínicos e biológicos da evolução para doença de Alzheimer em pacientes com comprometimento cognitivo leve amnéstico
Abstract
OBJECTIVE: To identify predictors of the progression from pre-dementia stages of cognitive impairment in Alzheimer's disease is relevant to clinical management and to substantiate the decision of prescribing antidementia drugs. METHOD: Longitudinal study of a cohort of elderly adults with amnestic mild cognitive impairment and healthy controls, carried out to estimate the risk and characterize predictors of the progression to Alzheimer's disease. RESULTS: Patients with amnestic mild cognitive impairment had a higher risk to develop Alzheimer's disease during follow-up (odds ratio = 4.5, CI95% [1.3-13.6], p = 0.010). At baseline, older age, lower scores on memory tests and presence of the APOE*4 allele predicted the progression from amnestic mild cognitive impairment to Alzheimer's disease. In a sub sample of amnestic mild cognitive impairment patients, those who progressed to Alzheimer's disease had lower cerebrospinal fluid concentrations of amyloid-beta peptide (Aβ42, p = 0.020) and higher concentrations of total TAU (p = 0.030) and phosphorylated TAU (p = 0.010), as compared to non-converters. DISCUSSION: This is the first Brazilian study to report cerebrospinal fluid biomarkers in the prediction of the conversion from MCI to Alzheimer's disease. Our data are in accordance with those reported in other settings. The measurement of cerebrospinal fluid total-TAU, phospho-TAU and Aβ42 may help identify patients with mild cognitive impairment at higher risk for developing Alzheimer's disease.OBJETIVO: A identificação de preditores da conversão para a doença de Alzheimer em pacientes com comprometimento cognitivo leve é relevante para o manejo clínico e para decidir sobre a prescrição de drogas antidemência. MÉTODO: Estudo longitudinal em coorte de indivíduos idosos com comprometimento cognitivo leve amnéstico e controles saudáveis; estimativa do risco da progressão para doença de Alzheimer nos dois grupos; determinação das variáveis preditivas desse desfecho. RESULTADOS: Pacientes com comprometimento cognitivo leve amnéstico apresentaram maior risco de desenvolver doença de Alzheimer ao longo do seguimento (odds ratio = 4,5, CI95% [1,3-13,6], p = 0,012). Na avaliação inicial, idade mais avançada, escores mais baixos nos testes cognitivos e do alelo APOE*4 foram preditores da conversão do comprometimento cognitivo leve amnéstico para doença de Alzheimer. Em uma subamostra de pacientes com comprometimento cognitivo leve amnéstico, aqueles que progrediram para doença de Alzheimer tinham concentrações liquóricas mais baixas do peptídeo beta-amilóide (Aβ42, p = 0,020) e mais altas da proteína TAU total (p = 0,030) e TAU fosforilada (p = 0,010) do que os pacientes que não progrediram para doença de Alzheimer. DISCUSSÃO: Este é o primeiro estudo brasileiro com biomarcadores liquóricos a relatar preditores da conversão comprometimento cognitivo leve-doença de Alzheimer. Nossos dados biológicos (aumento de TAU total e fosfo-TAU; redução de Aβ42), e podem auxiliar na identificação dos pacientes com comprometimento cognitivo leve com maior risco de evolução para demência.