UNINGÁ Review (Mar 2017)
PERFIL DO MEDO APRESENTADO POR CRIANÇAS FRENTE AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO
Abstract
O presente estudo objetivou caracterizar quais são os principais fatores de medo frente ao atendimento odontológico em crianças de 6 a 12 anos de idade, determinando o perfil e percentual dessa população que o apresenta. A pesquisa foi realizada na Clínica-Escola de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande e Unidades Básicas de Saúde da Família localizadas no município de Patos-PB com uma amostra de 200 crianças com idade média de 8,5 anos. O instrumento utilizado para a mensuração do medo foi o questionário Dental Fear Survey. Após a coleta, os dados foram analisados estatisticamente através dos testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher com ajuda do Statistical Package for Social Sciences. Os resultados apontaram um alto percentual de crianças com medo frente ao atendimento odontológico (92%) e que o principal fator desencadeante de medo na clínica odontopediátrica foi a anestesia (observação da agulha –68% e sentir a anestesia –55%). Não houve diferenças estatísticas significativas entre medo e gênero (p=1,626) e medo e faixa etária (p=0,767). Conclui-se que foi alta a porcentagem de crianças com medo e que a submissão à anestesia odontológica foi vista como um procedimento desconfortável e associado à dor, estando fortemente relacionada com o desenvolvimento do medo.