Revista Fim do Mundo (Mar 2021)

A morte como força produtiva no capitalismo brasileiro

  • Pedro Henrique Antunes da Costa,
  • Kíssila Teixeira Mendes

DOI
https://doi.org/10.36311/2675-3871.2021.v2n4.p87-109
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 4

Abstract

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O artigo aborda a morte e o seu sentido na formação social brasileira lançando luz ao momento barbárico intensificado por uma pandemia. Nosso argumento é que a morte, apesar de inerente à humanidade, possui uma determinação social, sendo também uma força produtiva no capitalismo dependente e de constituição colonial brasileiro. Interpretamos aspectos nevrálgicos do modo de produção capitalista e da particularidade de nossa formação social a partir da tradição marxista. Por mais que os meios tenham se sofisticado, incorporando novas formas ou mesmo novos indivíduos, o conteúdo de nossas mortes contemporâneas não se altera substancialmente: a morte segue como desdobramento da questão social e/ou corolário do capitalismo dependente brasileiro e seu caráter autocrático assentado na superexploração da força de trabalho e racismo estrutural.

Keywords