Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Dec 2004)

Bone mineral density and serum levels of 25 OH vitamin D in chronic users of antiepileptic drugs Densidade mineral óssea e níveis séricos de 25 OH vitamina D em usuários crônicos de drogas antiepilépticas

  • Carolina A.M. Kulak,
  • Victória Z.C. Borba,
  • John P. Bilezikian,
  • Carlos E. Silvado,
  • Luciano de Paola,
  • César L. Boguszewski

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-282X2004000600003
Journal volume & issue
Vol. 62, no. 4
pp. 940 – 948

Abstract

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The aim of this cross sectional study was to evaluate bone mineral density (BMD) and serum levels of 25-hydroxy vitamin D (25OHD) in a group of patients taking antiepileptic drugs (AED) for a seizure disorder. Between May-2001 and January-2003, we evaluated 58 patients (40 women/18 men), 34.4±6 years old living in Curitiba or in its metropolitan area, on antiepileptic therapy for 2 to 38 years (10 on monotherapy /48 on multiple drugs regime). The group was matched by age, gender, and bone mass index to 29 healthy subjects (20 women/ 9 men); 34.2±5.9 years old. Medical history and physical exam were performed on all subjects with particular information sought about fractures and risks factors for osteoporosis. Blood samples were collected for total serum calcium, albumin, phosphorus, creatinine, total alkaline phosphatase, and liver function tests. BMD of the lumbar spine, femur and forearm was determined by dual energy X-ray absorptiometry (DXA, Hologic QDR 1000). Between February and April-2003, other blood samples were collected to measure 25OHD, intact paratohormone (PTH) and calcium. Unemployment and smoking history were more frequent among patients than among controls (pO objetivo deste estudo transversal foi avaliar a densidade mineral óssea (DMO) e os níveis de 25hidroxi vitamina D (25OHD) em um grupo de pacientes com epilepsia e usuários crônicos de drogas antiepilépticas (DAE). Entre maio-2001 e janeiro-2003 avaliamos 58 pacientes (40 mulheres/18 homens) residentes em Curitiba ou região metropolitana da cidade, com média de idade 34,4±6 anos e tempo de tratamento entre 2 e 38 anos (10 em monoterapia/48 em politerapia). O grupo de pacientes foi emparelhado por idade, sexo e índice de massa corpórea com 29 indivíduos aparentemente sadios (20 mulheres/9 homens; 34,2±5,9 anos). Pacientes e controles foram submetidos a anamnese e exame clínico, com ênfase na história de fraturas e fatores de risco para osteoporose. Nas visitas foram coletadas amostras de sangue para dosagens de cálcio, albumina, fósforo, creatinina, fosfatase alcalina, transaminases e gama GT. Foi avaliada também a DMO na coluna lombar, fêmur e antebraço (DEXA, Hologic QDRW1000®). Entre fevereiro e abril-2003, pacientes e controles foram chamados para nova coleta de sangue para dosagem da 25OHD e parato-hormônio (PTH) intact. Desemprego e tabagismo foram mais comuns nos pacientes do que nos controles (p<0,05). Quinze pacientes relataram fraturas durante as crises epilépticas. A DMO da coluna lombar (0,975±0,13 g/cm² vs 1,058±0,1 g/cm²; p<0,03) e do fêmur total (0,930±0,1 g/cm² vs 0,988±0,12 g/cm²; p<0,02) foi menor nos pacientes do que controles. Em 63,5% dos pacientes e em 24,1% dos controles foi registrado escore T < -1.0 desvio-padrão em pelo menos um dos sítios avaliados. Os usuários crônicos de DAE apresentaram níveis de fosfatase alcalina mais elevados (p<0,01) e níveis de 25OHD mais baixos (p<0,02 vs controles). Não houve correlação entre a DMO e os níveis de 25OHD. O uso de fenitoína correlacionou-se positivamente com maior incidência de fraturas (RR: 2,38). Concluímos que usuários crônicos de DAE apresentam importantes alterações do metabolismo mineral ósseo, demonstrada no presente estudo através de valores menores da DMO em coluna lombar e fêmur e níveis séricos diminuídos de 25OHD.

Keywords