Revista Portuguesa de Cardiologia (Dec 2022)

Remote versus in-office monitoring for implantable cardioverter defibrillators: Results from a randomized pragmatic controlled study in Portugal

  • Mário Oliveira,
  • Milene Fernandes,
  • Hipólito Reis,
  • João Primo,
  • Victor Sanfins,
  • Vânia Silva,
  • Pedro Silva Cunha,
  • Mónica Silva,
  • Paulo J. Nicola

Journal volume & issue
Vol. 41, no. 12
pp. 987 – 997

Abstract

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Introduction: Remote monitoring (RM) is a safe and effective alternative to in-office conventional follow-up. Objective: We aimed to evaluate patient satisfaction with RM and its impact on healthcare resources in a population with cardiac implantable electronic devices. Methods: Randomized, pragmatic, open-label controlled trial, with adult wearers of implantable cardioverter-defibrillator (ICD) or cardiac resynchronization therapy with ICD (CRT-D), eligible for the CareLink® system. Patients newly implanted or with previous conventional follow-up were randomized to RM or conventional follow-up (control), and followed for 12 months, according to the centers’ practice. The number of in-office visits and adverse events were compared between groups. Patient and healthcare professionals’ satisfaction with RM were described. Results: Of the 134 randomized patients (69 RM; 65 control, aged 60±13 years), 80% were male, 23% employed, 72% ICD wearers and 54% newly implanted. Most patients (70%) reported travel costs less than 15€/visit, and 46% daily routine interference with in-office visits. Median physician/technician time with patient was 15 min/15 min, per in-office visit. Excluding baseline and final visits, control patients had more in-office visits in total: median 1 vs. 0, p<0.001. In 81% of the in-office visits, no clinical measures were taken. There were 10 adverse events, with no differences between groups. At the final visit, 95% of RM patients considered RM easy/very easy to use, and would all prefer to maintain RM and recommend it to others. All professionals found the CareLink website easy/very easy to use and were satisfied with transmission data. Conclusions: In a Portuguese population with ICD and CRT-D, RM safely reduced the burden of in-office visits, with high levels of satisfaction among patients and healthcare professionals. Resumo: Introdução: A monitoração remota (MR) é uma alternativa segura e eficaz ao acompanhamento convencional em consulta hospitalar. Objetivo: Avaliar a satisfação dos doentes e o impacto nos recursos de saúde dum programa de MR numa população de portadores de dispositivos eletrónicos cardíacos implantáveis. Métodos: Ensaio clínico randomizado, aberto, controlado, com adultos portadores de cardioversor-desfibrilhador implantável (CDI) ou sistema de ressincronização cardíaca com CDI (CRT-D) elegíveis para MR com sistema CareLink®. Os doentes com implantação recente ou com acompanhamento convencional prévio foram randomizados para MR ou seguimento convencional (controle) e acompanhados por 12 meses, de acordo com a prática dos centros. O número de visitas hospitalares em consulta e os eventos adversos foram comparados entre os grupos. Foi analisada a satisfação dos doentes e profissionais de saúde relativamente à utilização da MR. Resultados: Dos 134 doentes randomizados (69 MR; 65 controle, idade 60 ± 13 anos), 80% eram do sexo masculino, 23% estavam empregados e ativos, 72% eram portadores de CDI e 54% tinham implantação recente. A maioria dos doentes (70%) reportou custos de viagem <15€/visita hospitalar e 46% referiram interferência na rotina diária devido às consultas hospitalares presenciais. O tempo mediano do doente com o médico/cardiopneumologista foi de 15 min/15 min por consulta hospitalar. Excluindo as consultas inicial e final, o grupo controle teve mais visitas hospitalares no total: mediana 1 versus 0, p<0,001. Em 81% das consultas presenciais não foi tomada medida clínica adicional. Houve 10 eventos adversos, sem diferenças entre os grupos. Na avaliação final, 95% dos doentes com MR consideraram a sua utilização fácil ou muito fácil e todos prefeririam manter a MR e recomendá-la a outros. Todos os profissionais de saúde acharam a plataforma CareLink fácil ou muito fácil de usar e revelaram satisfação com os dados das transmissões. Conclusão: Numa população portuguesa com CDI e CRT-D, a MR reduziu de forma segura a carga de consultas hospitalares presenciais, com elevados níveis de satisfação dos doentes e profissionais de saúde.

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