Geologia USP. Série Científica (Jan 2009)

Características Isotópicas (Nd e Sr), Geoquímicas e Petrográficas da Intrusão Alcalina do Morro de São João: Implicações Geodinâmicas e Sobre a Composição do Manto Sublitosférico

  • Carlos Eduardo Miranda Mota,
  • Mauro Cesar Geraldes,
  • Julio Cesar Horta de Almeida,
  • Thaís Vargas,
  • Débora Marinho de Souza,
  • Renata de Oliveira Loureiro,
  • Aline Pimentel da Silva

DOI
https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2009000100006
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 1

Abstract

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O Complexo Alcalino do Morro de São João está localizado a NE do Estado do Rio de Janeiro e se destaca pelo desnível acentuado do relevo, sendo composto por dois tipos de rochas: sienitos félsicos de granulometria grossa (K-feldspato, nefelina, hornblenda e titanita, além de pseudoleucita) e melassienitos (com K-feldspato, anfibólio e piroxênio). Dados litogeoquímicos sugerem uma suíte bimodal e observações de campo indicam texturas de misturas de magmas e mingling locais, sugerindo que ambos foram contemporâneos. Os resultados isotópicos de Nd e Sr indicam valores próximos do EMI (Enriched Mantle I - Manto Enriquecido tipo I), sugerindo que a origem destas rochas ocorreu no manto sublitosférico a partir de um reservatório enriquecido com baixos valores 87Sr/86Sr (entre 0,7049 e 0,7061) e 143Nd/144Nd (entre 0,512361 e 0,512428). Os valores de εNd entre -4,03 e -5,54 indicam uma fonte mantélica anâmala e enriquecida, o que é corroborado pelos valores de T DM entre 730 - 830 Ma, discordantes com idades de resfriamento K-Ar, que possuem valores entre 72 - 56 Ma. A comparação das assinaturas isotópicas de Sr e Nd das rochas do Morro de São João com ilhas vulcânicas (Trindade, Santa Helena e Tristão da Cunha) indicam que elas possuem similaridades com Tristão da Cunha e certa discrepância em relação à s assinaturas de Trindade e Santa Helena.

Keywords