Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Oct 1998)

Antibioticoterapia profilática em obstetrícia: comparação entre esquemas Prophylactic antibiotic treatment in obstetrics: comparison of regimens

  • Heraldo Francisco Costa,
  • Ivete de Ávila,
  • Manuel Maurício Gonçalves

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-72031998000900004
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 9
pp. 509 – 515

Abstract

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Objetivos: avaliar a eficiência de vários esquemas de antibioterapia profilática no parto na prevenção da infecção puerperal. Métodos: segundo a via de parto (vaginal ou abdominal) e conforme a presença ou não de um ou mais fatores de risco para infecção puerperal, as pacientes foram distribuídas entre os grupos de baixo, médio e alto risco para a infecção puerperal. Foram incluídas 2.263 pacientes no período de março de 1994 a junho de 1997. Resultados: a incidência de infecção puerperal variou entre os grupos. Foi de 3,1% no grupo de baixo risco, em que nenhum antibiótico foi administrado e de 8, 5% no grupo de alto risco, no qual todas as pacientes receberam cefalotina 1 g EV em três doses, com intervalo de seis horas entre as doses. No grupo de médio risco a taxa de infecção puerperal foi de 5,3 % entre as pacientes que receberam cefoxitina 1 g EV em três doses; 5,0% entre as usuárias de cefalotina 1 g EV em três doses; 4,0% quando se utilizou a cefoxitina em dose única e 3,4% quando utilizou-se cefalotina em dose única. Conclusões: no grupo de baixo risco é desnecessária a antibioticoterapia profilática. A cefalosporina de 2ªgeração (cefoxitina) teve eficácia semelhante a de 1ªgeração (cefalotina) na prevenção a infecção puerperal, independente da posologia utilizada. A cefalotina parece ser eficaz na prevenção da infecção puerperal no grupo de alto risco.Purpose: to evaluate the efficacy of four antibiotic regimens in puerperal infection prophylaxis. Patients and Methods: According to vaginal or abdominal delivery and risk the presence or not of factors for puerperal infection, the patients were allocated to groups of low, medium and high risk for its development. Between March 1994 and June 1997 2,263 patients were evaluated. Results: the incidence of puerperal infection was different in each group. It was 3.1% in the low risk group, where no antibiotic was given, and 8.5% in the high risk group where all patients received three doses of 1 g EV cefalotin at six-hour intervals. In the medium risk group, the incidence of puerperal infection was 5.3% for the patients who used three doses of 1 g EV cefoxitin; 5.1% for those who used three doses of 1 g EV cefalotin; 4.0% when a single cefoxitin dose was used and 3.4% when a single cefalotin dose was used. Conclusions: it is not necessary to use prophylactic antibiotic therapy in low risk patients and the first generation cephalosporins (cefalotin) are as efficacious as the second generation cephalosporins (cefoxitin) to prevent puerperal infection, independent of the applied dosage. Cefalotin seems to be effective in preventing puerperal infection in patients at high risk.

Keywords