Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Oct 2024)

Fatores de Risco, Manejo e Evolução após Primeiro Infarto Agudo do Miocárdio: Um Estudo de Mundo Real Comparando Coortes de Mulheres e Homens na Rede TriNetX

  • Camila Mota Guida,
  • Eduardo Juvenal de Souza,
  • Leandro Menezes Alves da Costa,
  • Thiago Luis Scudeler,
  • Rafael Amorim Belo Nunes,
  • Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20230692
Journal volume & issue
Vol. 121, no. 10

Abstract

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Resumo Fundamento: Estudos de coorte internacionais têm consistentemente demonstrado ao longo das últimas décadas um prognóstico desfavorável em pacientes do sexo feminino após o primeiro infarto agudo do miocárdio. No entanto, dados nacionais sobre esse tema são limitados. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo comparar coortes nacionais de homens e mulheres hospitalizados devido ao primeiro infarto agudo do miocárdio (IAM), examinando os desfechos a longo prazo. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional, com dados de mundo real extraídos da plataforma global TriNetX, incluindo pacientes de ambos os sexos com diagnóstico confirmado de IAM por classificação internacional de doenças (CID), versão 11, código I21. O nível de significância estatística adotado na análise foi de 5% (0,05). O desfecho primário avaliado foi composto por óbito, nova hospitalização por IAM, procedimentos de revascularização miocárdica, ou insuficiência cardíaca após fase hospitalar e com seguimento de 5 anos. Resultados: Foram avaliados dados de 29.041 pacientes, dos quais 11.284 (38,4%) eram mulheres. A idade média das populações feminina e masculina foi, respectivamente, 64,4 e 59,8 anos. O grupo de mulheres apresentou maior ocorrência do desfecho combinado de óbito, nova hospitalização por IAM, procedimentos de revascularização miocárdica, ou insuficiência cardíaca após fase hospitalar e com seguimento de 5 anos (OR 1.058; IC 1.005 - 1.113; p = 0,03). Conclusão: Nesta grande coorte brasileira, o sexo feminino foi associado a maior ocorrência de eventos cardiovasculares em período de 5 anos após a alta hospitalar.

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