Revista Brasileira de Cancerologia (Nov 2021)

Dados do Inquérito Brasileiro de Nutrição Oncológica em Pediatria: Estudo Multicêntrico e de Base Hospitalar

  • Nivaldo Barroso de Pinho,
  • Wanélia Vieira Afonso,
  • Patrícia de Carvalho Padilha,
  • Wilza Arantes Ferreira Peres,
  • Carolina Fernandes de Macedo Soares,
  • Juliana Silva do Nascimento Braga,
  • Arthur Orlando Corrêa Schilithz,
  • Viviane Dias Rodrigues,
  • Renata Brum Martucci

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n4.1289
Journal volume & issue
Vol. 67, no. 4

Abstract

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Introdução: A desnutrição e observada em crianças com câncer e está associada a desfechos clínicos negativos. Objetivo: Descrever a prevalência de inadequação do estado nutricional de crianças e adolescentes com neoplasia maligna na admissão hospitalar em Centros de Referência do câncer infantil no Brasil. Método: Estudo transversal aninhado a um estudo de coorte, multicêntrico, de base hospitalar. A amostra probabilística foi feita em dois estágios em cada estrato por Macrorregião pelo método de probabilidade proporcional ao tamanho com um ano de coleta em cada instituição. Foram coletados em 13 instituições de referência dados clínicos, antropométricos, de composição corporal e sobre o questionário de Avaliação Nutricional Subjetiva Global Pediátrica (ANSGP), em até 48 horas da admissão hospitalar, entre marco de 2018 e agosto de 2019. Resultados: O estudo totalizou 723 pacientes nas cinco regiões do Brasil. A prevalência de desnutrição moderada e grave foi de 25,9% na faixa etária de 2 a 5 anos, 40,1% de 5 a 10 anos e 39,7% de 10 a 19 anos, de acordo com ANSGP. Segundo o Índice de Massa Corporal/Idade (IMC/I), magreza e magreza acentuada totalizaram 13%, risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade apresentaram uma prevalência de 26,7% de 2 a 5 anos; 24,9% de 5 a 10 anos; e 25,7% de 10 a 19 anos. Conclusão: Evidenciou-se alta prevalência de inadequação nutricional pela ANSGP, sugerindo que a desnutrição pode ser subdiagnosticada quando utilizado somente o IMC/I, fortalecendo a necessidade de utilização de métodos complementares na avaliação nutricional de crianças com câncer.

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