Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Jun 2002)
Long-term evolution of papilledema in idiopathic intracranial hypertension: observations concerning two cases Avaliação do comportamento do papiledema na hipertensão intracraniana idiopática: a propósito de dois casos
Abstract
Chronic headaches, associated with papilledema and pulsatile tinnitus without any neuroradiologic, cytobiochemical or cerebrospinal fluid abnormalities are suggestive of idiopathic intracranial hypertension (IIH). However the absence of the papilledema does not rule out this diagnosis. The reason why some patients do not develop papilledema in IIH is ignored, however there are some hypotheses concerning the structure of the optical nerve. In this study we described two female patients that presented diagnosis of IIH with papilledema, with subsequent resolution of papilledema without the due resolution of intracranial hypertension. The long-term behavior of the optic nerve (ON) facing an increased intracranial pressure was evaluated through repeated measurements of the intracranial pressure. We concluded that the ON submitted to high intracranial pressure for a certain lenght of time can adapt itself with subsequent disappearance of the papilledema. The presence or not of papilledema in IIH can be related to the period in which the diagnosis is accomplished.Cefaléias com características crônica, diária, acompanhadas de edema de papila e tinitus pulsátil, sem nenhum achado neuroradiológico ou citobioquímico no líquor, são altamente sugestivas de hipertensão intracraniana idiopática (HII). Entretanto a ausência do papiledema não invalida o seu diagnóstico. A razão pela qual alguns pacientes não desenvolvem papiledema na HII é desconhecida, porém algumas hipóteses relacionadas com propriedades intrínsecas da bainha do nervo óptico têm sido propostas. Neste estudo relatamos dois pacientes do sexo feminino que apresentaram diagnóstico de HII com papiledema, evoluindo para resolução do papiledema sem a devida resolução da HII. O comportamento do nervo óptico (NO) frente ao aumento da pressão intracraniana foi avaliado neste estudo a partir de um monitoramento intermitente criterioso da pressão intracraniana. Concluímos que o NO submetido a um período de hipertensão intracraniana pode adaptar-se a este ambiente promovendo uma resolução do papiledema para normalidade papilar. A presença ou ausência de papiledema na HII pode estar relacionada ao período no qual seu diagnóstico é realizado.
Keywords