Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Dec 1996)

A pupila na fase crônica da doença de Chagas e reação à pilocarpina e à fenilefrina

  • João Antonio Prata,
  • João Antonio Prata Junior,
  • Cleudson Nery de Castro,
  • Vanize Macedo,
  • Aluízio Prata

DOI
https://doi.org/10.1590/S0037-86821996000600006
Journal volume & issue
Vol. 29, no. 6
pp. 567 – 570

Abstract

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Com objetivo de desenvolver metodologia para avaliar alterações pupilares na fase crônica da doença de Chagas em área endêmica, foram examinados dez pacientes chagãsicos e dez controles, pareados quanto ao sexo, idade e cor. O diâmetro e área pupilar, determinados com recursos de projeção e topografia, foram comparados nos dois grupos. Ambas as pupilas foram fotografadas, simultaneamente, com iluminação padronizada. De cada indivíduo foram feitas três fotos sucessivas: inicial, apôs 30 minutos da instilação de colírio depilocaipina a 0,1% e apôs 30 minutos da instilação de colírio de fenilefrina a 3%. As pupilas dos chagãsicos diferiram das dos controles, de forma estatisticamente significante: maiores diâmetros e áreas iniciais; irregularidades nos contornos; maiores reduções percentuais em diâmetro e área apôs pilocarpina; maiores aumentos percentuais em diâmetro e área após fenilefrina. A metodogia foi considerada satisfatória e os resultados sugerem alterações no sistema nervoso autônomo ocular nos chagásicos.

Keywords