Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Mar 2012)

Estudo transversal das estratégias de tratamento clínico na fibrilação atrial

  • Lucas Hollanda Oliveira,
  • Fabrício Bonnoto Mallmann,
  • Fábio Nardo Botelho,
  • Luiz Carlos Paul,
  • Marcio Gianotto,
  • Rafael de Biase Abt,
  • Nilton José Carneiro Silva,
  • Christian Moreno Luize,
  • Fernando Lopes Nogueira,
  • Ricardo Sobral Carvalho,
  • Angelo Amato Vincenzo de Paola,
  • Claudio Cirenza

Journal volume & issue
Vol. 98, no. 3
pp. 195 – 202

Abstract

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FUNDAMENTO: A despeito de elevada prevalência e importância clínica da Fibrilação Atrial (FA), não existem até o momento publicações brasileiras informando o perfil clínico e a estratégia de tratamento (controle de ritmo vs. controle de frequência cardíaca) mais utilizada nesse universo de pacientes. OBJETIVO: Avaliar a estratégia de tratamento mais empregada na FA em ambulatório especializado no manejo dessa doença. Secundariamente, procurou-se descrever o perfil clínico dessa população. MÉTODOS: Estudo transversal que avaliou sequencialmente, em 167 portadores de FA, a estratégia de tratamento mais empregada, bem como o perfil clínico desses pacientes. Utilizou-se questionário padronizado para coleta de dados. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS® versão 13.0. RESULTADOS: Nessa população de alto risco para eventos tromboembólicos (61% com score CHADS2 > 2), em que 54% dos indivíduos apresentavam fibrilação atrial paroxística ou persistente, 96,6% utilizavam antagonistas da vitamina K ou AAS, e 76,6% faziam uso de betabloqueador (81,2% frequência x 58,8% ritmo, p 2 (60,5% x 39,5%; p = 0,07) e valvopatias (25,8% x 11,8%; p = 0,08) no segmento de controle da frequência. CONCLUSÃO: Nessa população de alto risco para eventos tromboembólicos, a estratégia de controle de frequência cardíaca foi a mais empregada.

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