Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Jun 2008)

Failure of both azithromycin and antimony to treat cutaneous leishmaniasis in Manaus, AM, Brazil Falha da azitromicina e do antimonial no tratamento da leishmaniose cutânea em Manaus, AM, Brasil

  • Alan César Teixeira,
  • Marcilene Gomes Paes,
  • Jorge de Oliveira Guerra,
  • Aluízio Prata,
  • Mario León Silva-Vergara

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46652008000300005
Journal volume & issue
Vol. 50, no. 3
pp. 157 – 160

Abstract

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A non-randomized controlled clinical trial was carried outin order to evaluate both azithromycin and antimony efficacy in cutaneous leishmaniasis in Manaus, AM, Brazil. Forty nine patients from both genders, aged 14 to 70, with cutaneous ulcers for less than three months and a positive imprint for Leishmania spp. amastigotes were recruited into two groups. Group I (26 patients) received a daily-single oral dose of 500 mg of azithromycin for 20 days and Group II (23 patients) received a daily-single intramuscular dose of 20 mg/kg of meglumine antimony, also for 20 days. Azithromycin cured three of 24 (12.5%) patients on days 60, 90 and 120 respectively whereas therapeutic failure was considered in 21 of 24 (87.5%) cases. In group II, antimony cured eight of 19 (42.1%) cases as follows: three on day 30, one each on day 60 and day 90, and three on day 120. Therapeutic failure occurred in 11 of 19 (57.9%) individuals. The efficacy of antimony for leishmaniasis was better than azithromycin but analysis for the intention-to-treat response rate did not show statistical difference between them. Although azithromycin was better tolerated, it showed a very low efficacy to treat cutaneous leishmaniasis in Manaus.Com o objetivo de avaliar a eficácia da azitromicina no tratamento da leishmaniose cutânea, foi realizado ensaio comparativo, em Manaus. Foram recrutados 49 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 14 e 70 anos que apresentassem úlceras cutâneas com menos de três meses de evolução e que tivessem exame direto positivo para amastigotas de leishmânia. Estes pacientes foram alocados em dois grupos assim: Grupo I (26) recebeu uma dose diária de 500 mg de azitromicina pela via oral durante 20 dias e o Grupo II, recebeu uma dose diária de 20 mg/kg de antimoniato de meglumina por via intramuscular, durante 20 dias. Do grupo da azitromicina, três (12,5%) de 24 pacientes curaram 60, 90 e 120 dias, respectivamente, enquanto, em 21 (87,5%) de 24 houve falha terapêutica. No grupo do antimonial, oito (42,5%) de 19 pacientes curaram como segue: três no dia 30, um no dia 60, um no dia 90 e três no dia 120. Contudo, em 11 (57,9%) de 19 casos, houve falha terapêutica. A azitromicina foi menos eficaz do que o antimonial, embora, a análise da taxa de resposta por intenção de tratamento não mostrou diferença significativa, entre eles. A azitromicina foi melhor tolerada; porém, mostrou-se pouco eficaz no tratamento da leishmaniose cutânea, em Manaus.

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