Revista Águas Subterrâneas (Jun 2008)

PROSPECÇÃO DE ESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS PARA PROCESSOS DE RECARGA INDIRETA DO AQÜÍFERO CÁRSTICO COM ÁGUAS DO RIO CAPIVARI – COLOMBRO, PR

  • Ernani da Rosa Filho,
  • Eduardo Chemas Hindi,
  • Augustinho Rigoti,
  • João Horácio Pereira,
  • Marcos Justino Guarda

DOI
https://doi.org/10.14295/ras.v22i1.17122
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 1

Abstract

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A região da “Várzea do Capivari, no município de Colombo-PR, está inserida nas denominadas “células aqüíferas cársticas”, onde já existem 12 poços tubulares em operação cujo somatório das vazões é da ordem de 430 L/s. Embora a “problemática” da extração da água deste aqüífero, com alguns locais sofrendo problemas de ordem geotécnica e ambiental, este manancial é fundamental para o abastecimento de Colombo. As rochas que constituem o sistema cárstico são representadas por mármores calcíticos e dolomíticos, intercalados por filitos e quartzitos, segundo a direção geral NE-SW. Sob a forma de intrusões, ocorrem diques de diabásio com direções NW-SE. O mapeamento da área, cobrindo 77 km2, foi feito na escala 1:20.000, com o auxílio de imagens de Satélite Lansat (Quick Bird), na resolução 040 m. A aplicação de métodos elétricos (caminhamento e SEV), com queda da resistividade elétrica, em arranjo dipolo-dipolo, permitiu localizar zonas carstificas em profundidades de até 50 m, entre o rio Capivari e os pontos onde serão perfurados mais dois poços tubulares. A aplicação de cintilometria não identificou a presença de rochas graníticas em subsuperfície, sendo que a magnetometria identificou a presença de apenas um corpo de diabásio na área de estudo. As medições das descargas do rio Capivari, foram executadas a montante e a juzante da área onde serão perfurados os poços-testes; a diferença entre estes dois pontos foi de 1.191 m3/h, incluindo a descarga do afluente ribeirão das Onças, da ordem de 392, m3/h. Neste mesmo período, os três poços existentes na localidade, extraíram uma vazão de 302 m3/h. Desconsiderando a contribuição deste afluente, resta uma descarga igual a 799 m3/h e, como 70% da descarga coo- responde a vazão de base, restaria 240 m3/h que poderá ser extraída através dos poços a serem implantados na área de estudo. As águas do rio Capivari são classificadas como sendo de Classe I.