Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Feb 2010)

Diagnostic methods for extra-temporal neocortical focal epilepsies: present and future Métodos diagnósticos das epilepsias focais neocorticais extratemporais: presente e futuro

  • Ricardo André Amorim Leite,
  • Maria Concépcion Garcia Otaduy,
  • Gilson Edmar Gonçalves e Silva,
  • Maria Lúcia Brito Ferreira,
  • Maria de Fátima Vasco Aragão

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-282X2010000100025
Journal volume & issue
Vol. 68, no. 1
pp. 119 – 126

Abstract

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The progress of epilepsies diagnosis has been great, but, amongst the diagnostic detailing that demand research, one of the most important is the essential lateralization and localization of epileptogenic zone, considered as the cerebral cortex region, that removed, will result in a free state of seizures. The present study aims to analyze the possible uses of proton spectroscopy for clinical and pre-surgical evaluation of focal extratemporal epilepsies, since this group presents the highest difficulty degree for lateralizing and locating epileptogenic zones. In almost all cases, a non invasive diagnosis can be performed using routine electroencephalography, video-electroencephalography - considered as gold standard, and magnetic resonance imaging. However, when the results of these exams are contradictory, some patients need invasive techniques, as the intra-cranial video-EEG, using deep electrodes, sub-dural strip and grid, that are associated with increased diagnostic cost and risk of complications, as cerebral hemorrhages and intra-cranial infections. Proton spectroscopy appears as a possibility, given its capacity to evaluate cerebral metabolism, by N-acetyl-aspartate (NAA), creatine (Cre) and choline (Cho) concentrations, amongst other metabolites. This non invasive method may provide time reduction of this evaluation and reliable level improvement for this topographical diagnosis.Tem sido grande o progresso no diagnóstico das epilepsias, mas dentre os detalhamentos diagnósticos a exigir pesquisas, estão a lateralização e a localização precisas da zona epileptogênica, considerada como a região do córtex cerebral que, removida, irá resultar num estado livre de crises. Por meio de revisão da literatura, o objetivo deste estudo é expor e analisar os métodos diagnósticos das epilepsias neocorticais extratemporais, dadas as características que as tornam mais complexas do que as epilepsias temporais visto que estas apresentam o maior grau de dificuldade para lateralização e localização das zonas epileptogênicas. Na maior parte dos casos, o diagnóstico pode ser firmado de forma não invasiva, empregando-se a eletrencefalografia de superfície, a vídeo-eletrencefalografia, considerada o padrão-ouro, e a imagem por ressonância magnética. No entanto, quando os resultados dessas investigações são contraditórios, alguns pacientes necessitam de técnicas invasivas, como o vídeo-EEG intracraniano, utilizando eletrodos profundos, placas ou estrias subdurais, que se associam ao aumento do custo diagnóstico e do risco de complicações, como as hemorragias cerebrais e as infecções intracranianas. A espectroscopia de prótons surge como uma possibilidade, dada sua capacidade de avaliar o metabolismo cerebral, por meio das alterações de N-acetil aspartato (NAA), creatina (Cr) e colina (Co), dentre outros metabólitos. Esse método não invasivo pode reduzir o tempo de avaliação e melhorar o nível de confiança desse diagnóstico topográfico.

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