Revista Educação em Saúde (Nov 2019)
Influência da depressão pós-parto no aleitamento materno
Abstract
O aleitamento materno é de suma importância, tanto para a mãe quanto para o bebê, sendo recomendado sua iniciação nos primeiros 60 minutos de vida. Correlacionado a isso, a depressão pós-parto se mostra como importante fator de risco para a auto eficácia deste aleitamento, tendo seus primeiros sintomas demonstrados nas duas primeiras semanas após o parto. O objetivo desta mini revisão é identificar os fatores influenciadores na depressão pós parto e sua relação no aleitamento materno. Este trabalho foi elaborado a partir de uma revisão da literatura nas bases de dados Pubmed, Google acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), buscando artigos entre os anos de 2014 e 2019. Vários fatores se mostraram significativos quando relacionados ao desenvolvimento da depressão pós-parto, como o estado civil e o bom relacionamento com o parceiro. Somado a isso, fatores psicossociais como o menor nível de escolaridade, o tipo de moradia, a maior quantidade de gestações, o apoio familiar e a violência doméstica também se mostraram decisivos. Em contraponto, relacionado a fatores diretamente ligados ao desmame precoce estão a idade materna, a primigestação, o tipo de parto e a assistência pós-parto. Fatores socioeconômicos e culturais também contribuem sumamente para o desenvolvimento da depressão pós-parto e consequente desmame precoce. Esta mini revisão buscou integrar a depressão pós-parto com o processo de aleitamento, buscando entender, na literatura, quais eram as limitações e as interferências que o processo depressivo traz na vida da mãe e, consequente, no lactante. Por fim, é notória que uma maior atenção a mulher se faz necessária, visto que, sua saúde mental é fator determinante para a eficácia do aleitamento materno.