Infarma: Pharmaceutical Sciences (Sep 2016)

Avaliação da estabilidade e da atividade enzimática de soluções de papaína utilizadas no desbridamento e cicatrização de feridas

  • Júlio Cézar BORELLA,
  • Renata Filliettaz SIMÕES,
  • Robison Leandro Aparecido PUGA,
  • Marise C. Bastos STEVANATO

DOI
https://doi.org/10.14450/2318-9312.v28.e3.a2016.pp179-184
Journal volume & issue
Vol. 28, no. 3
pp. 179 – 184

Abstract

Read online

Soluções de papaína (2% m/v, 6% m/v e 10% m/v), utilizadas no desbridamento e cicatrização de feridas, foram preparadas sem e com adjuvantes farmacotécnicos (propilenoglicol, EDTA dissódico e metilparabeno) e foram estocadas em ambientes com diferentes temperaturas (5-10 ºC e 30-35 oC). Análises organolépticas, de pH, contaminação microbiológica e atividade enzimática (método de coagulação do leite) foram realizadas durante o período de estocagem. Os resultados mostraram que aspectos organolépticos e pH não são guias confiáveis para monitorar as variações de atividade enzimática nas soluções. Não houve problemas em relação à contaminação microbiológica das soluções durante o período de avaliação. Ambientes de estocagem com temperaturas mais baixas conseguem manter elevadas as atividades enzimáticas das soluções. Não se observou aumento proporcional entre a atividade enzimática máxima das soluções sem adjuvantes e a concentração de papaína presente nas formulações. Inicialmente as soluções de papaína sem adjuvantes exibiram de três a cinco vezes maiores suas atividades enzimáticas, mas houve rápido decaimento. Deste modo, deve-se utilizá-las nos curativos, na forma de preparações extemporâneas. Por outro lado, as atividades enzimáticas das soluções com adjuvantes se mantem por maior período, após preparo.

Keywords