Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (Feb 2013)

Tratamento cirúrgico da epistaxe grave: experiência de 11 anos Surgical treatment of severe epistaxis: an eleven-year experience

  • Paulo Saraceni Neto,
  • Leonardo Mendes Acatauassu Nunes,
  • Luis Carlos Gregório,
  • Rodrigo de Paula Santos,
  • Eduardo Macoto Kosugi

Journal volume & issue
Vol. 79, no. 1
pp. 59 – 64

Abstract

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A epistaxe é uma das urgências otorrinolaringológicas de maior prevalência, cujas alternativas de tratamento cirúrgico cada vez mais fazem parte do dia-a-dia dos serviços de pronto-atendimento, principalmente naqueles casos refratários às condutas clínicas. OBJETIVO: Analisar o perfil dos pacientes e os resultados deste serviço no tratamento cirúrgico da epistaxe durante 11 anos. MÉTODO: Foram analisados dados retrospectivos de 98 pacientes, submetidos a tratamento cirúrgico para epistaxe entre 2000 e 2011. RESULTADOS: A maior parte da amostra foi de homens, com média de idade em torno de 46 anos. A hipertensão arterial sistêmica foi identificada em 58% dos pacientes e a época do ano em que os eventos mais ocorreram foi durante o outono e o inverno. A taxa de ressangramento foi de 13,27%. CONCLUSÃO: O presente estudo pôde concluir que o tratamento cirúrgico das epistaxes, quando indicado, tem bom índice de sucesso, com baixa incidência de complicações, e continua sendo, para este serviço, o tratamento padrão-ouro para as hemorragias nasais refratárias às medidas iniciais de manejo.Epistaxis is one of the most prevalent emergencies in ENT practice, and its surgical treatment is part of the routine at services for emergency care, especially in cases refractory to clinical procedures. OBJECTIVE: To analyze the profile of patients and the results this service has had in the surgical treatment of epistaxis for the last 11 years. METHOD: Data from 98 patients submitted to surgery for epistaxis between 2000 and 2011 were analyzed retrospectively. RESULTS: Most in the sample were males, and mean age was around 46 years. Hypertension was identified in 58% of patients, and most events occurred during fall and winter. The re-bleeding rate was 13.27%. CONCLUSION: This study concluded that the surgical treatment for epistaxis, when indicated, had good success rates and low incidence of complications. In our service, it remains as the gold-standard procedure for nosebleeds refractory to initial management measures.

Keywords