Revista Brasileira de Psicodrama (Jan 2020)

A AUSÊNCIA DE QUESTÕES LIGADAS À SEXUALIDADE NA OBRA DE MORENO

  • José Carlos Landini

Journal volume & issue
Vol. 19, no. 2

Abstract

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O autor procura refletir sobre a ausência da sexualidade na obra de Moreno. Estimulado pelo trabalho terapêutico e após ter visitado a cidade de Pompeia, na Itália, e o Museu de Arte Precolombino, em Santiago do Chile, onde havia uma exposição sobre a tribo Moche, que viveu no Peru do século I ao VIII, e trazendo bibliografias sobre a sexualidade destes povos, foi possível notar semelhanças de costumes destas populações, tão distantes no tempo e espaço uma da outra, e ainda a extensa bibliografia do Egito. Estes conhecimentos, somados às mudanças revolucionárias da sexualidade feminina, a partir do final do século XIX e início do XX, deram ânimos ao autor para refletir sobre o tema e escrever este artigo, por certo polêmico. Embora Moreno se sustente teoricamente no binômio espontaneidade/criatividade, o autor sempre sentiu falta de como age o sexo na personalidade humana, pois, sua prática, sem espontaneidade e criatividade, torna-se vazia; mas, e na formação da pessoa, ele tem algum valor, alguma função? Respondo que sim, se Freud o fez como centro da personalidade e na formação do EU, Moreno o ignorou, sendo sobre isto que o autor se propõe a refletir.

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