Revista Brasileira de Epidemiologia (Mar 2019)

Estado nutricional de crianças em amamentação exclusiva prolongada no Estado de Pernambuco

  • Pedro Tadeu Álvares Costa Caminha de Azevedo,
  • Maria de Fátima Costa Caminha,
  • Rachel de Sá Barreto Luna Callou Cruz,
  • Suzana Lins da Silva,
  • Weslla Karla Albuquerque Silva de Paula,
  • Malaquias Batista Filho

DOI
https://doi.org/10.1590/1980-549720190007
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 0

Abstract

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RESUMO: Introdução: O aleitamento materno exclusivo (AME), após o sexto mês de vida, como fonte alimentar única não é recomendado. Acredita-se que não é possível suprir às necessidades calórico proteicas, de ferro e vitaminas sem a devida complementação alimentar. Objetivo: Comparar a situação nutricional de crianças com AME por mais de seis mesesversuscrianças com outras práticas de amamentação. Método: Estudo transversal/exploratório com685 crianças (39 em AME > 6meses e 646com outras práticas de amamentação). Situações de déficit antropométrico foram consideradas por valores 6meses, enquanto no grupo de comparação esse índice foi de aproximadamente 0,5%. O déficit na relação altura/idade foi de aproximadamente 2,6% nos dois grupos. Na relação peso/altura e no IMC, os resultados variaram de 28,7 a 31,9% para excesso de peso no grupo de comparação. As médias de Hb, retinol sérico, peso e altura foram similares nos grupos. Discussão: A baixa prevalência (≤ 0,6%) de desnutrição energético proteica (DEP) nos dois grupos representa um achado, surpreendentemente, abaixo dos valores encontrados em população de referência de normalidade internacional, padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS). Conclusão: As crianças que se mantiveram em AME após seis meses apresentaram situação nutricional equivalente àquelas com outras práticas de amamentação.

Keywords