Revista Brasileira de Cancerologia (Jan 2023)

Aspectos Gerais dos Adenocarcinomas de Mama, Estadiamento e Classificação Histopatológica com Descrição dos Principais Tipos

  • Ana Lucia Amaral Eisenberg,
  • Sérgio Koifman

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2000v46n1.3403
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 1

Abstract

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O câncer de mama é o câncer de maior incidência entre as mulheres e o que apresenta a maior taxa de mortalidade no Brasil. Ele se localiza mais freqüentemente no quadrante superior externo da mama e em cerca de 13% é multicêntrico, o que é mais comum entre os carcinomas lobulares e entre as mulheres que têm história familiar. Apesar da palpação ser o método mais simples para o diagnóstico, somente cerca de 60% dos cânceres detectados por mamografia são palpáveis. O exame anatomopatológico é imprescindível para o diagnóstico do tumor primário e das metástases e para a classificação e o estadiamento. Os tumores malignos próprios da mama, isto é, os adenocarcinomas, são divididos em in situ e invasores e estes dois subgrupos, por sua vez, são divididos em ductais e lobulares. Cada um destes subgrupos tem seus subtipos, cada qual com suas características histopatológicas próprias que influenciam o comportamento clínico. Dentre os carcinomas ductais in situ, chama atenção o tipo comedocarcinoma que pode atingir grandes dimensões e se tornar palpável. Estes tumores são de alto grau nuclear e podem se tornar invasores precocemente. O carcinoma ductal infiltrante (GDI) clássico, além de tipo de tumor maligno mais comum da mama, é também o de pior prognóstico, principalmente aqueles de alto grau histológico. O carcinoma lobular infiltrante é o segundo tipo mais freqüente, tendo um prognóstico ser o um pouco melhor que o CDI.

Keywords