Sağlık Akademisi Kastamonu (Oct 2022)

ESTRESSE PERCEBIDO NA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRIA ATUANTE NA PANDEMIA COVID-19

  • Renata Cristina Penha Silveira,
  • Isabely Karoline Silva Ribeiro,
  • Júlia Cordeiro Aris De Carvalho

DOI
https://doi.org/10.25279/sak.1138951
Journal volume & issue
Vol. 7, no. Special Issue
pp. 229 – 230

Abstract

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Introdução: a Atenção Primária à Saúde (APS) compreende o conjunto de ações integrais de saúde desenvolvidas tanto no âmbito individual quanto no coletivo com o objetivo de impactar na situação da saúde e na autonomia das pessoas. Atualmente, os serviços de saúde refletem as más condições de trabalho que a equipe de enfermagem vivencia, sendo de alta prevalência, por meio da insalubridade do ambiente, no trabalho repetitivo, na sobrecarga laboral, na falta de recursos materiais e humanos e nos baixos salários. Essas inadequadas condições laborais das unidades de saúde da APS, podem gerar um aumento da percepção dos trabalhadores com o estresse relacionado as atividades laborais corroborando para maior número de afastamentos e concessão de benefícios por incapacidade de trabalho que acarretam grandes perdas econômicas. Ademais, pode ocasionar riscos para os usuários dos serviços de saúde, por meio das práticas dos trabalhadores que apresentam esses sintomas psicológicos. Objetivo: identificar o nível de estresse percebido (EP) dos trabalhadores de enfermagem da APS durante a pandemia COVID 19. Método: trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, descritivo e analítico, realizado entre os meses de fevereiro e abril de 2021 com 130 trabalhadores de enfermagem da APS de um município de médio porte do Brasil. Para responder ao objetivo geral do estudo utilizou-se um questionário para a caracterização sócio econômica, demográfica, laboral e de hábitos de vida dos trabalhadores de enfermagem e escala para avaliação do estresse percebido (Perceived Stress Scale - PSS-14). Resultados: dos 130 trabalhadores de enfermagem, 83% (102) eram do sexo feminino, 56,2% (73) sem companheiro, 70% (91) com filhos, 68,5% (89) técnico/auxiliar de enfermagem, 31,5% (41) enfermeiro, 62,4% (81) atuavam em UBS tradicional, 37,6% (48) atuavam em ESF, 77,7% (101) eram servidor público efetivo, 47,2% (61) executavam 40 horas semanais de trabalho, 47,7% (62) atuavam em turno misto (manhã e tarde), 26,2% (34) referiram ter outro emprego, sendo que destes, 73,5% (25) relataram que o outro emprego é na enfermagem. Em relação ao EP, 27,5% dos enfermeiros tinham nível de EP normal e 30,7% dos técnicos de enfermagem apresentavam nível moderado de EP. Por meio da correlação de Spearman verificou-se que o EP se correlacionou negativamente com número de horas de sono (rho -208) e número de horas de lazer (rho -205), ou seja, a maior percepção de EP está vinculado a menos horas de sono e menos horas de lazer. Conclusão: os trabalhadores de enfermagem da APS apresentam um nível moderado de EP no trabalho sendo importante e necessária que haja investimentos por parte do poder público para que esses profissionais tenham apoio psicológico, qualidade de vida não haja sobrecarga de trabalho.

Keywords