Revista Brasileira de Cartografia (Aug 2013)

ESTIMATIVA DE BIOMASSA EM UMA FLORESTA TROPICAL NO MUNICÍPIO DE MAUÉS - AM, BRASIL

  • Carlos Henrique Souza Celes,
  • Yosio Edemir Shimabukuro,
  • Moacir Alberto Assis Campos,
  • Niro Higuchi

Journal volume & issue
Vol. 65, no. 3

Abstract

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O sensoriamento remoto (SR), sistema de informação geográfica (SIG) e sistema de posicionamento global (GPS) são importantes ferramentas para as diversas etapas de inventários florestais, inclusive para as estimativas de biomassa. O objetivo deste trabalho foi consolidar uma metodologia para a espacialização ou mapeamento das variáveis biofísicas utilizando dados de campo e técnicas de sensoriamento remoto. Os dados de campo foram provenientes do sistema de inventário florestal contínuo (IFC) do laboratório de manejo florestal do Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia(LMF-INPA) na região de Maués (AM). Os dados de sensoriamento remoto foram obtidos de imagens do sensor TM, do satélite Landsat 5, e do modelo digital de elevação (MDE) da missão SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). Foram ajustadas equações e realizadas classificações para as estimativas e espacialização das variáveis biofísicas. A área de estudo obteve uma média de 485,3 ±1,9% indivíduos por hectare e de 578,3 ±3,4% toneladas de biomassa fresca. As equações ajustadas não apresentaram bom desempenho. O maior R2 ajustado foi de 0,24 para o volume e a melhor distribuição dos resíduos foi para a Densidade. A espacialização da biomassa foi realizada por meio da classificação isocluster da topografia, incluindo a altitude, declividade e curvatura da região. Os estoques estimados para a área de estudo foram de 662,6± 13% e 189,2 ±13% milhões de toneladas de biomassa e carbono, respectivamente. A distribuição da biomassa na área de estudo foi heterogênea. áreas declivosas possuem maior proporção de árvores desenraizadas quando comparadas com, as áreas planas. As clareiras abertas pela queda das árvores favorecem a regeneração que mantém o número de árvores por ha estável, porém com menor área basal e consequentemente menor biomassa. áreas planas de altitude aproximadamente de 50 m tendem a ter maior biomassa que áreas planas e mais altas (~90 m). A diferença de biomassa pode estar associada ao menor número de indivíduos por hectares nas áreas altas. O método da classificação não supervisionada isocluster da topografia utilizando a altitude, a declividade e curvatura do terreno é um método simples, demanda pouco processamento e explicou bem a variação da biomassa nesta região.