Revista Ciências em Saúde (Sep 2017)

Arboviroses e políticas públicas no Brasil / Arboviruses and public policies in Brazil

  • Vivian Iida Avelino-Silva,
  • Jessica Fernandes Ramos

DOI
https://doi.org/10.21876/rcsfmit.v7i3.675
Journal volume & issue
Vol. 7, no. 3
pp. 1 – 2

Abstract

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O Brasil enfrenta historicamente ciclos de epidemias de arboviroses em praticamente todo o seu território. A Dengue é a doença de maior importância epidemiológica, observada de forma praticamente contínua no país desde a década de 1980, com identificação dos 4 sorotipos virais em circulação e aumento importante de incidência e óbitos a partir do ano de 2004.1 Mais recentemente, com as epidemias emergentes de Zika e Chikungunya, e com a recente epidemia de Febre Amarela no estado de Minas Gerais, a atenção sobre o tema ganhou novo enfoque na literatura científica e na comunidade. Ampliou-se a discussão a respeito dos determinantes das arboviroses, relacionados ao vetor (mosquito), ao hospedeiro (ser humano ou outro primata) e ao ambiente. Além disso, abordagens pertinentes no âmbito de saúde pública devem ser mais amplamente discutidas. Arboviroses são doenças causadas por vírus e transmitidas pela saliva contaminada de artrópodes hematófagos durante o repasto sanguíneo. Os arbovírus causadores de doenças em humanos pertencem a cinco famílias: Bunyaviridae, Togaviridae (que inclui o vírus Chikungunya), Flaviviridae (que inclui os vírus da Dengue, Zika e Febre Amarela), Reoviridae e Rhabdoviridae. Enquanto os mosquitos do gênero Aedes são os principais transmissores da Dengue, Chikungunya e Zika em áreas urbanas e peri-urbanas, a transmissão da Febre Amarela no Brasil restringe-se no momento a regiões silvestres e se dá através da picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus ou Sabethes.