Alfa: Revista de Lingüística (Jul 2009)
Retrospectiva dos estudos em morfologia prosódica: das circunscrições e regras à abordagem por ranking de restrições
Abstract
<p>Neste artigo, traçamos um histórico dos estudos em morfologia prosódica desde a abordagem por regras (análise derivacional) até o enfoque por meio de <em>rankings</em> de restrições (abordagem paralelista). Procuramos, com isso, mostrar como os princípios básicos da morfologia prosódica foram absorvidos pelo programa otimalista, culminando no que hoje se conhece como Teoria da Correspondência (McCARTHY; PRINCE, 1995), uma extensão da Teoria da Otimalidade dita Clássica (PRINCE; SMOLENSKY, 1993) para o tratamento de fenômenos morfológicos. Os processos não-concatenativos do português, como a Reduplicação (‘corre-corre’; ‘puxa-puxa’), a Hipocorização (‘Dedé’ << ‘André’; ‘Xande’ << ‘Alexandre’) e o Truncamento (‘visu’ << ‘visual’; ‘japa’ << ‘japonês’), constituem o fi o-condutor do trabalho. Com base no instrumental de análise fornecido pela morfologia prosódica, em suas várias versões – Morfologia Autossegmental (McCARTHY, 1981), Morfologia propriamente Prosódica (McCARTHY, 1986) e Morfologia Circunscritiva (McCARTHY, 1990) – pretendemos apresentar análises para esses processos, mostrando as vantagens e os ganhos descritivos da proposta baseada em restrições sobre as diversas soluções por meio de regras.</p>