Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre (Aug 2021)

Medo odontológico e saúde bucal: avaliação transversal do ciclo do medo entre universitários brasileiros

  • Valesca Doro Dias,
  • Amanda Toneta Prux,
  • Helena Silveira Schuch,
  • Mariana Gonzalez Cademartori,
  • Sarah Arangurem Karam,
  • Vanessa Polina Pereira da Costa,
  • Marcos Britto Corrêa,
  • Marina Sousa Azevedo,
  • Flávio Fernando Demarco

DOI
https://doi.org/10.22456/2177-0018.110685
Journal volume & issue
Vol. 62, no. 2
pp. 43 – 54

Abstract

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Objetivo: Avaliar a presença do medo odontológico em universitários brasileiros e observar se a teoria do ciclo vicioso do medo é identificada nesta população. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal com universitários ingressantes na Universidade Federal de Pelotas em 2016. Os dados sociodemográficos, medo odontológico, o uso de serviços odontológicos, a percepção de cárie e dor dentária foram coletados através de um questionário auto-administrado. A exposição do estudo foi medo odontológico, e os desfechos incluíram padrão de consulta odontológica, experiência de cárie e dor dentária e autopercepção de saúde bucal. Características sociodemográficas foram incluídas como fatores de confusão. Para testar a associação do medo odontológico com os desfechos, foram utilizados modelos de regressão de Poisson com variância robusta, a fim de estimar as Razões de Prevalência e Intervalos de Confiança. Resultados: Foram avaliados 2.014 universitários, dos quais 22.4% reportaram medo odontológico. Aqueles que reportaram medo odontológico apresentaram uma maior prevalência de não terem ido ao dentista no último ano e, entre os que consultaram, a visita ter sido motivada por dor/problema. Adicionalmente, ter medo aumentou a presença de cárie, dor dentária e autorrelato da saúde bucal negativa. Discussão: Os achados sugerem a presença do ciclo vicioso do medo nesta população de universitários do sul do Brasil. Conclusão: Evidenciou-se a associação entre a presença de medo odontológico e a menor procura por atendimento odontológico, a presença de cárie dentária, dor dentária e saúde bucal autorreportada negativa, corroborando com a teoria do ciclo do medo.

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