Revista Brasileira de Terapia Intensiva (Dec 2014)

Lesão renal aguda séptica versus não séptica em pacientes graves: características e desfechos clínicos

  • Marília Galvão Cruz,
  • João Gabriel Athayde de Oliveira Dantas,
  • Talita Machado Levi,
  • Mário de Seixas Rocha,
  • Sérgio Pinto de Souza,
  • Ney Boa-Sorte,
  • Carlos Geraldo Guerreiro de Moura,
  • Constança Margarida Sampaio Cruz

DOI
https://doi.org/10.5935/0103-507X.20140059
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 4
pp. 384 – 391

Abstract

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Objetivo: Descrever e comparar as características e os desfechos clínicos de pacientes com lesão renal aguda séptica e não séptica. Métodos: Coorte aberta com 117 pacientes graves com lesão renal aguda consecutivamente admitidos em unidade de terapia intensiva, sendo excluídos aqueles que apresentavam doença renal crônica em estágio avançado, transplante renal, internação ou morte em um período inferior a 24 horas. Presença de sepse e óbito intra-hospitalar representaram, respectivamente, a exposição e o desfecho principal. Análise de confundimento foi realizada com a regressão logística. Resultados: Não houve diferenças na média de idade entre os grupos com lesão renal aguda séptica e não séptica [65,30±(21,27) anos versus 66,35±12,82 anos; p=0,75]. Nos dois grupos, similarmente, observou-se predomínio do sexo feminino (57,4% versus 52,4%; p=0,49) e de afrodescendentes (81,5% versus 76,2%; p=0,49). Os pacientes com sepse apresentaram maiores médias de escore Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II [21,73±7,26 versus 15,75± (5,98; p18,5 (OR: 9,77; IC95%: 3,73-25,58) foram associados ao óbito. Conclusão: Sepse foi um preditor independente para óbito. Existem diferenças entre as características e desfechos clínicos dos pacientes com lesão renal aguda séptica versus não séptica.

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