Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ()

Análise do perfil clínico epidemiológico dos pacientes submetidos a Colecistectomia Videolaparoscópica em um hospital de ensino de Curitiba

  • Alan Tibério Dalpiaz Irigonhê,
  • Angelo Antonio Bedim Franzoni,
  • Henrique Waldraff Teixeira,
  • Lucas Oliveira Rezende,
  • Matheus Uriel Senna Klipp,
  • Kátia Sheylla Malta Purim,
  • Fernanda Keiko Tsumanuma,
  • Mauricio Chibata

DOI
https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20202388
Journal volume & issue
Vol. 47

Abstract

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RESUMO Objetivo: Analisar o perfil clínico e epidemiológico de pacientes submetidos a colecistectomia por vídeo no Hospital da Cruz Vermelha do Paraná, unidade de Curitiba, operados no período de setembro de 2016 a setembro de 2018, assim como a influência de comorbidades, sexo e idade avançada no prognóstico pós-operatório, durante o mesmo internamento. Métodos: Estudo retrospectivo analítico, com dados coletados por revisão de prontuários. Análises estatísticas realizadas, considerando nível de significância p < 0,05. Resultados: 389 casos foram incluídos, sendo 265 mulheres e 124 homens. A média de idade foi de 51,5 anos, 58,8% dos pacientes eram portadores de pelo menos uma comorbidade e 74,6% dos doentes tinham sobrepeso ou eram obesos. A incidência de complicações intraoperatórias foi de 1,3%, pós-operatórias de 3,8% e, a mortalidade, de 0,3%. Foram identificados fatores clínicos relacionados a pior prognóstico pós-operatório, como DM, HAS, presença de uma ou mais comorbidades e, destacadamente, idade avançada, que relacionou-se com maior tempo de internamento (p < 0,001), necessidade de UTI (p < 0,001), conversão para operação aberta (p = 0,003) e risco de complicações pós-operatórias (p < 0,001). Além disso, o sexo masculino foi preditivo para maior tempo de internamento (p = 0,003) e maior necessidade de UTI (p = 0,01). Conclusão: o perfil clínico-epidemiológico corresponde àquele exposto na literatura e a presença de comorbidades, o sexo masculino e a idade avançada são fatores preditivos de mau prognóstico na evolução pós-operatória de pacientes submetidos a colecistectomia videolaparoscópica.

Keywords