Revista CEFAC ()

Distúrbio de voz e trabalho docente

  • Léslie Piccolotto Ferreira,
  • Susana Pimentel Pinto Giannini,
  • Nássara Luiza Lanzoni Alves,
  • Aline Ferreira de Brito,
  • Bruna Mateus Rocha de Andrade,
  • Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre

DOI
https://doi.org/10.1590/1982-0216201618423915
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 4
pp. 932 – 940

Abstract

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RESUMO Objetivo: analisar a associação entre distúrbio de voz e capacidade para o trabalho em docentes da rede municipal de ensino de São Paulo. Métodos: professoras que buscaram atendimento fonoaudiológico, com queixa de alteração vocal; e professoras selecionadas sem queixa, expostas ao mesmo ambiente de trabalho, passaram por avaliação perceptivo-auditiva da voz; preenchimento dos protocolos Índice de Capacidade para o trabalho e Condição de Produção Vocal do Professor; e avaliação perceptivo-visual da laringe. Foram classificadas como Caso as que tinham alteração na avaliação perceptivo-auditiva e em pregas vocais (167) e Controle as sem alterações nas avaliações (105). Resultados: a capacidade para o trabalho esteve entre baixa e moderada entre os casos (67,4%) e entre boa e ótima (66,6%) nas professoras do controle (escore total). Houve associação estatística em duas dimensões do ICT, apontando que as docentes com distúrbio de voz apresentaram quase três vezes mais chance de perder capacidade para o trabalho e que quanto pior a perda da capacidade, mais forte é a associação com o distúrbio de voz. Conclusão: há associação entre o distúrbio de voz e as dimensões capacidade atual para o trabalho comparada com a melhor de toda vida, indicando que os sujeitos que apresentaram distúrbio de voz estavam em sua pior capacidade para trabalhar, e perda estimada para o trabalho por causa de doenças, indicando que quanto maior a perda da capacidade para o trabalho, mais forte é a relação com o distúrbio de voz, independente da idade.

Keywords