Revista Portuguesa de Cardiologia (Dec 2021)

Optimization of heart failure with reduced ejection fraction prognosis-modifying drugs: A 2021 heart failure expert consensus paper

  • José Silva-Cardoso,
  • Cândida Fonseca,
  • Fátima Franco,
  • João Morais,
  • Jorge Ferreira,
  • Dulce Brito

Journal volume & issue
Vol. 40, no. 12
pp. 975 – 983

Abstract

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Heart failure (HF) with reduced ejection fraction (HFrEF) is associated with high rates of hospitalization and death. It also has a negative impact on patients’ functional capacity and quality of life, as well as on healthcare costs. In recent years, new HFrEF prognosis-modifying drugs have emerged, leading to intense debate within the international scientific community toward a paradigm shift for the management of HFrEF. In this article, we report the contribution of a Portuguese HF expert panel to the ongoing debate.Based on the most recently published clinical evidence, and the panel members’ clinical judgment, three key principles are highlighted: (i) sacubitril/valsartan should be preferred as first-line therapy for HFrEF, instead of an angiotensin-converting enzyme inhibitor or angiotensin receptor blocker; (ii) the four foundation HFrEF drugs are the angiotensin receptor/neprilysin inhibitor, beta-adrenergic blocking agents, mineralocorticoid receptor antagonists, and sodium-glucose co-transporter 2 inhibitors, regardless of the presence of type-2 diabetes mellitus; (iii) these four HFrEF drug classes should be introduced over a short-term period of four to six weeks, guided by a safety protocol, followed by a dose up-titration period of 8 weeks. Resumo: A insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção reduzida (ICFEr) está associada a níveis elevados de hospitalização e mortalidade. A ICFEr também tem um impacto negativo na capacidade funcional e na qualidade de vida dos doentes, bem como na despesa em saúde. Nos últimos anos, surgiram novos medicamentos modificadores do prognóstico da ICFEr, originando um intenso debate na comunidade científica internacional em relação a uma mudança de paradigma para o tratamento da ICFEr. Neste artigo, relatamos a contribuição de um painel de especialistas portugueses em IC para o debate em curso.Com base na evidência clínica publicada mais recentemente e no julgamento clínico dos membros do painel, três princípios-chave são destacados: (i) sacubitril/valsartan deve ser preferido como terapia de primeira linha para a ICFEr, em vez de um inibidor da enzima de conversão da angiotensina ou um bloqueador do recetor da angiotensina; (ii) os quatro medicamentos básicos para a ICFEr são o inibidor do recetor da angiotensina e da neprilisina, os agentes bloqueadores beta-adrenérgicos, os antagonistas do recetor mineralocorticoide e os inibidores do cotransportador sódio-glucose 2, independentemente da presença de diabetes mellitus tipo 2; (iii) essas quatro classes de medicamentos para a ICFEr devem ser rapidamente introduzidas num período curto de 4-6 semanas, seguindo um protocolo de segurança, e depois tituladas durante as oito semanas seguintes.

Keywords