Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Jun 2001)

Importance of hand germ contamination in health-care workers as possible carriers of nosocomial infections Importância da contaminação das mãos por germes, em trabalhadores da saúde, como possíveis transmissores de infecções hospitalares

  • Mónica NOGUERAS,
  • Nicolás MARINSALTA,
  • Mauricio ROUSSELL,
  • Rodolfo NOTARIO

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46652001000300006
Journal volume & issue
Vol. 43, no. 3
pp. 149 – 152

Abstract

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The importance of hands in the transmission of nosocomial infection has been world wide admitted. However, it is difficult to induce this behavior in health-care workers. The aim of the present work was to point out the importance of hand bacteria colonization, the influence of hand washing and of patient physical examination. One hundred health-care workers were randomly divided in two groups: Group A without hand washing previous to patient physical examination or handling (PPE); group B with hand washing previous to PPE. Direct fingerprint samples in Columbia agar before and after PPE were obtained. The colonies were counted and identified by conventional techniques, and antibiograms according to NCCLS were performed. Before PPE group A participants showed a high number of bacteria regarding group B participants (73.9 Vs 20.7; p A importância das mãos na transmissão de infecções hospitalares é aceita mundialmente. Todavia, é difícil introduzir este procedimento entre os trabalhadores da saúde. Este trabalho pretendeu evidenciar a colonização das mãos por bactérias e a influência da lavagem de mãos e o exame físico dos pacientes. 100 profisionais de saúde foram divididos, ao acaso em dois grupos: A - sem lavagem de mãos antes do exame físico ou manejo dos pacientes (PPE); B - com lavagem prévia das mãos antes do PPE. Foram obtidas amostras de impressões digitais em agar Columbia antes e depois do PPE. As colônias foram contadas e identificadas por técnicas convencionais e antibiogramas de acordo com NCCLS. Antes do PPE os participantes do grupo A apresentaram elevado número de bactérias em relação ao grupo B (73.9 vs. 20.7; p < 0.001); 44 dos 50 participantes eram portadores potenciais de bactérias patogênicas. Nenhum participante do grupo B era portador de bactéria potencialmente patogênica antes do PPE. Este grupo mostrou um aumento no número de bactérias depois do PPE (20.7 UFC antes vs. 115.9 UFC depois; p < 0.001). 16 participantes do grupo B foram contaminados, depois do PPE, com patógenos potenciais tais como S. aureus (50% dos quais eram resistentes à meticilina), Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Enterococcus faecalis, metade dos quais, multiresistentes. Podemos concluir sobre a importância destes resultados para implementar programas educacionais e para prover os trabalhadores da saúde com facilidades para o adequado cumprimento desta prática.

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