Motricidade (Mar 2024)

Ser Cuidador Informal em Cuidados Paliativos

  • Maria da Graça Duarte,
  • Telma Alves,
  • Carla Ribeirinho,
  • Sónia Alves

DOI
https://doi.org/10.6063/motricidade.33968
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 1

Abstract

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Este estudo teve como objetivo compreender as percepções (dificuldades, necessidades, repercussões positivas e negativas, estratégias utilizadas e momentos significativos) de quem é cuidador informal de pessoas em cuidados paliativos e em fim de vida. Foi aplicado um inquérito por questionário online, tendo sido obtidas 70 respostas. Os dados recolhidos foram alvo de tratamento quantitativo e qualitativo, e os resultados revelam que a maioria dos inquiridos são portugueses, do sexo feminino, com idade média igual ou superior a 54 anos, elevadas habilitações literárias, tendo-se tornado cuidadores face a doença grave ou dependência de um familiar. Os resultados demonstraram que cuidar tem condições comuns, mas revelam que é um processo único, influenciado por múltiplas variáveis, entre as quais o suporte percebido. Tratando-se de cuidados em final de vida, representam uma maior sobrecarga sobre os cuidadores, embora cuidar seja um processo dinâmico, no qual interagem fatores facilitadores, protetores e outros dificultadores, estratégias adaptativas, dependendo dos recursos individuais, quer da pessoa cuidada, quer do cuidador, bem como de outros determinantes em saúde e suporte social, assim como o sentido de propósito, abnegação e utilidade experienciada pelo cuidador.

Keywords