Domínios de Lingu@gem (Aug 2017)

A hipocorização como processo não concatenativo de formação de palavras em português: a interface morfologia-fonologia em destaque

  • Bruno Cavalcanti Lima

DOI
https://doi.org/10.14393/DL30-v11n3a2017-15
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 3
pp. 782 – 803

Abstract

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Neste artigo, analiso o padrão de hipocorização de antropônimos compostos, que ocorre, por exemplo, em ‘Malu’ (‘Maria Luíza’). A análise se baseia na Teoria da Correspondência (McCarthy & Prince, 1995), que segue os princípios da Otimalidade Clássica, estabelecidos em Prince & Smolensky (1993), sendo, por isso, igualmente otimalista e paralelista (Gonçalves, 2004). O hipocorístico deve constituir palavra mínima na língua e, por isso, não pode apresentar mais de um pé binário. Sendo assim, as restrições de tamanho são dominantes na hierarquia, seguidas pelas restrições de marcação e de fidelidade, nessa ordem. Como corpus, utilizo dados coletados em testes e dados que compõem o dicionário de hipocorísticos de Monteiro (1999). Para constatar a presença de padrões mais gerais, foram aplicados testes de aceitabilidade de formas. Para cada forma proposta nos testes, verifiquei qual delas sobressaía em relação às outras. Essa forma destacada seria, portanto, o output ótimo. Assim, um dos objetivos do trabalho é comprovar que as restrições de tamanho, no fenômeno da hipocorização, são as mais altas na hierarquia, superando as de marcação e de fidelidade.

Keywords