Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

SIDEROBLASTOS EM ANEL APÓS TRATAMENTO DE LMA EM PACIENTE IDOSO COM PROTOCOLO VIALE- A: RELATO DE DOIS CASOS

  • JN Cavalcante,
  • PEM Flores,
  • PM Yamamoto,
  • LB Lanza,
  • CB Prato,
  • TAS Pereira,
  • RL Silva,
  • MCMA Macedo

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S456 – S457

Abstract

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Introdução: A leucemia mieloide aguda (LMA) é a leucemia aguda mais comum, acometendo predominantemente um grupo de pessoas idosas, com uma idade mediana de 67 anos ao diagnóstico, sendo que esses pacientes frequentemente têm reposta insatisfatória ao tratamento quimioterápico convencional. A combinação de agente hipometilante com venetoclax, mostrou-se eficaz e segura neste cenário, sendo atualmente a terapia de escolha em pacientes maiores 60 anos e/ou com comorbidades limitantes. Efeitos adversos dessa terapia ainda estão sendo descobertos. Objetivo: Relatar dois casos de LMA em tratamento com o protocolo VIALE-A que tiveram surgimento de sidero blastos em anel ao curso do tratamento com Viale A. Relato de caso: Caso 1: LAB, sexo masculino, 63 anos, diagnóstico de LMA com TP53mutado, apresentava ao diagnóstico 60% de blastos à avaliação medular, foi submetido a tratamento com o protocolo VIALE-A e, após o 8° ciclo, foi observado medula óssea (MO)hipercelular, com displasia multilinhagem e presença de sidero blastos em anel (73%). Caso 2: AC, sexo masculino, 79 anos, LMA de risco intermediário, com displasia nas três séries analisadas e 18% de blastos no mielograma ao diagnóstico, após o 9° ciclo do protocolo VIALE-A, apresentava uma MO hipocelular, com displasia e presença desideroblastos em anel (59%) ao mielograma. Conclusão: Os pacientes relatados acima, alcançaram remissão morfológica com o protocolo de tratamento utilizado, evoluindo, após vários ciclos de tratamento, com displasia e presença de sidero blastos em anel. O caso 1 foi submetido a transplante de medula óssea após melhora do perfomance status e o segundo caso segue em tratamento com o protocolo VIALE-A. Relatos sobre o surgimento de tal displasia após tratamento nesse perfil de pacientes são escassos em literatura. É incerto se isso pode conferir fator prognóstico ou influenciar na resposta alcançada.