Letras de Hoje (Jan 2021)

Dissonância no conto brasileiro contemporâneo de autoria feminina: escrevivência nos contos de Maria Helena Vargas da Silveira (1940-2009) = Dissonance in contemporary brazilian tale of female authorship: escrevivência in the tales of Maria Helena Vargas da Silveira (1940-2009) = Disonancia en el cuento brasileño contemporáneo de la autoría femenina: escrevivência en los cuentos de Maria Helena Vargas da Silveira (1940-2009)

  • Quadros, Denis Moura de

Journal volume & issue
Vol. 56, no. 2
pp. 191 – 203

Abstract

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Ao traçarmos um perfil das autoras brasileiras contemporâneas que publicaram coletâneas de contos nos últimos trinta anos, percebemos uma gama de nomes. Dessa maneira, recortamos uma lista das vencedoras do prê-mio Jabuti de 1990 a 2020 para, então, delineamos um perfil dessas escritoras. Notamos, então, que a única mulher negra a vencer a premiação nesses trinta anos foi Conceição Evaristo (1946- ). Descartando o argumento de que as mulheres negras não têm publicado, confrontamos o perfil canônico com a coletânea Cadernos Negros (FIGUEIREDO, 2009), elencando vários nomes, dentre eles, a própria Conceição. Ainda, percebendo que a estética dessas escritoras negras perpassa outras questões e, na tentativa de “ouvi-las” (KILOMBA, 2019; SPIVAK, 2010), elencamos o conceito de escrevivência (EVARISTO, 2005, 2007; FERREIRA, 2013) e de literatura afrofeminina (SANTIAGO, 2012) para analisarmos quatro contos da autora gaúcha Maria Helena Vargas da Siveira (1940-2009): “Rondas” e “Filosofia da farofa”, publicados em O sol de fevereiro (1991); e “Iniciação” e “Barro duro do Laranjal”, publicados em Odara: Fantasia e realidade (1993)

Keywords