Jornal de Pediatria (Nov 2013)

Respiratory viral infections in infants with clinically suspected pertussis

  • Angela E. Ferronato,
  • Alfredo E. Gilio,
  • Sandra E. Vieira

Journal volume & issue
Vol. 89, no. 6
pp. 549 – 553

Abstract

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Objective: to evaluate the frequency of respiratory viral infections in hospitalized infants with clinical suspicion of pertussis, and to analyze their characteristics at hospital admission and clinical outcomes. Methods: a historical cohort study was performed in a reference service for pertussis, in which the research of respiratory viruses was also a routine for infants hospitalized with respiratory problems. All infants reported as suspected cases of pertussis were included. Tests for Bordetella pertussis (BP) (polymerase chain reaction/culture) and for respiratory viruses (RVs) (immunofluorescence) were performed. Patients who received macrolides before hospitalization were excluded. Clinical data were obtained from medical records. Results: Among the 67 patients studied, BP tests were positive in 44%, and 26% were positive for RV. There was no etiological identification in 35%, and RV combined with BP was identified in 5%. All patients had similar demographic characteristics. Cough followed by inspiratory stridor or cyanosis was a strong predictor of pertussis, as well as prominent leukocytosis and lymphocytosis. Rhinorrhea and dyspnea were more frequent in viral infections. Macrolides were discontinued in 40% of patients who tested positive for RV and negative for BP. Conclusion: the results suggest that viral infection can be present in hospitalized infants with clinical suspicion of pertussis, and etiological tests may enable a reduction in the use of macrolides in some cases. However, the etiological diagnosis of respiratory virus infection, by itself, does not exclude the possibility of infection with BP. Resumo: Objetivo: avaliar a frequência das infecções por vírus respiratórios em lactentes hospitalizados com suspeita clínica de coqueluche e analisar suas características admissionais e evolutivas. Métodos: foi realizado um estudo de coorte histórica, em um serviço sentinela para coqueluche, no qual a pesquisa de vírus respiratórios também foi rotineira para os lactentes hospitalizados com problemas respiratórios. Foram incluídos todos os lactentes submetidos à notificação compulsória de suspeita de coqueluche. Foram realizadas pesquisas para Bordetela pertussis – BP (PCR/cultura) e vírus respiratórios – VR (imunofluorescência). Foram excluídos os pacientes que haviam recebido macrolídeos previamente à internação. Os dados clínicos foram obtidos dos prontuários. Resultados: dentre os 67 pacientes analisados, a pesquisa para BP foi positiva em 44% e para VR em 26%. Não houve identificação etiológica em 35% e em 5% houve codetecção de VR e BP. Todos os pacientes apresentaram características demográficas semelhantes. A presença de tosse seguida de guincho inspiratório ou cianose foi um forte preditor de coqueluche, assim como, leucocitose e linfocitose evidentes. Coriza e dispneia foram mais frequentes nas infecções virais. Houve suspensão do uso de macrolídeos em 40% dos pacientes com pesquisa positiva para VR e negativa para BP. Conclusão: os resultados sugerem que lactentes hospitalizados com suspeita de coqueluche podem apresentar infecção viral e a pesquisa etiológica pode possibilitar a redução do uso de macrolídeos em alguns casos. No entanto, salienta-se que o diagnóstico etiológico de infecção por vírus respiratórios, por si só, não exclui a possibilidade de infecção por Bordetella pertussis. Keywords: Whooping cough, Bordetella pertussis, Respiratory tract infections, Infant, Palavras-chave: Coqueluche, Vírus respiratórios, Infecção respiratória, Lactentes