Semina: Ciências Agrárias (Nov 2017)

Desenvolvimento e produtividade da forragem do milho consorciado com capim-marandu em sistema agrossilvipastoril com eucalipto

  • Miguel Sales Domingues,
  • Cristiana Andrighetto,
  • Gelci Carlos Lupatini,
  • Gustavo Pavan Mateus,
  • Aline Sampaio Aranha,
  • Rafael Keith Ono,
  • Mayara Mayumi dos Santos Shiguematsu,
  • Polyana Vellone Giacomini,
  • Bianca Midori Souza Sekiya

Journal volume & issue
Vol. 38, no. 6

Abstract

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O uso do cultivo de milho com capim é interessante no consórcio, sendo as forrageiras do gênero Urochloa são as mais utilizadas, destacando-se por apresentar excelente adaptação aos solos de baixa fertilidade, fácil estabelecimento, considerável produção de biomassa e importante competidora com espécies daninhas das culturas anuais. Nos sistemas agrossilvipastoris a produtividade do milho cultivado sob árvores é influenciada em função da diminuição da radiação causada pelo sombreamento. O objetivo do trabalho foi avaliar o desenvolvimento, interceptação luminosa e índice de conteúdo de clorofila (ICC) do milho consorciado com capim-marandu em sistema agrossilvipastoril com 1 linha de eucalipto, 3 linhas de eucalipto e a pleno sol. O experimento foi conduzido na APTA – Andradina, SP e os tratamentos foram: sem eucalipto (pleno sol: controle), sistemas com eucalipto (1 e 3 linhas) e dentro destes, cinco distâncias em relação às árvores (2, 4, 6, 8 e 10 m). Entre os renques de eucalipto foi utilizado o sistema de integração com o milho consorciado com capim-marandu. Foram avaliadas as seguintes características produtivas do milho: altura de planta, altura de inserção de espiga, ICC, interceptação luminosa, produção de massa verde, matéria seca e massa seca de forragem do milho. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em arranjo fatorial com tratamento adicional (controle) tendo quatro repetições. A produtividade da forragem de milho, matéria seca, altura das plantas na colheita e altura de inserção de espiga não foram influenciadas pelos arranjos de árvores. À distância de 2 m em relação às árvores apresentou menores valores de produtividade, matéria seca, altura na colheita e altura de inserção de espiga. Houve diferença para os valores de interceptação luminosa no milho entre as distâncias nas duas primeiras avaliações. As alturas do milho não foram afetadas pelas distâncias das árvores, nem pelos arranjos de árvores (1 e 3 linhas) e não houve diferença entre controle e sistemas agrossilvipastoris. Não houve diferenças no ICC do milho nas distâncias em relação às árvores, nem entre os arranjos (1 e 3 linhas) e também não houve diferenças entre controle e sistemas agrossilvipastoris. Conclui-se que o desenvolvimento e produtividade da forragem do milho em sistemas agrossilvipastoris são semelhantes em arranjos de 1 e 3 linhas de eucalipto com 15 meses e a pleno sol, com exceção do teor de matéria seca que é menor nos sistemas com árvores. O consórcio do milho com o capim-marandu, em sistema sem árvores, apresenta maior interceptação luminosa na colheita do milho indicando maior cobertura do solo. A produtividade e o teor de matéria seca de forragem do milho são menores quando o milho está a 2 m das árvores de eucalipto, em função da menor quantidade de luz e competição por água e nutrientes.

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