Arquivos Brasileiros de Cardiologia ()

Acesso à Terapia de Reperfusão e Mortalidade em Mulheres com Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST: Registro VICTIM

  • Jussiely Cunha Oliveira,
  • Mayse Pereira Souza Barros,
  • Ikaro Daniel de Carvalho Barreto,
  • Rubens Cruz Silva Filho,
  • Volfanio Araújo Andrade,
  • André de Melo Oliveira,
  • Ticiane Clair Remacre Munareto Lima,
  • Jeferson Cunha Oliveira,
  • Larissa Andreline Maia Arcelino,
  • Laís Costa Souza Oliveira,
  • Eduesley Santana-Santos,
  • Marcos Antônio Almeida-Santos,
  • Antônio Carlos Sousa,
  • José Augusto Soares Barreto Filho

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20190468

Abstract

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Resumo Fundamento: A reperfusão miocárdica é parte fundamental do tratamento para infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST (IAMCSST) e é responsável por reduzir morbimortalidade no paciente acometido. No entanto, as taxas de reperfusão são geralmente mais baixas e as taxas de mortalidade mais altas em mulheres que em homens. Objetivos: Avaliar a prevalência do uso de terapias de reperfusão em mulheres e homens com IAMCSST nos hospitais com capacidade para realizar intervenção coronariana percutânea (ICP) no estado de Sergipe. Métodos: Trata-se de estudo transversal que utilizou dados do Registro VICTIM. Foram avaliados pacientes com diagnóstico de IAMCSST admitidos nos quatro hospitais com capacidade para realizar ICP no estado de Sergipe, sendo um público e três privados, no período de dezembro de 2014 a junho de 2018. Foi aplicada análise multivariada com modelo ajustado utilizando mortalidade como variável dependente. Em todas as análises, o nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Resultados: Foram incluídos 878 voluntários com diagnóstico confirmado de IAMCSST, dos quais 33,4% eram mulheres. Apenas 53,3% dos pacientes foram submetidos à reperfusão miocárdica (134 mulheres versus 334 homens). A fibrinólise foi realizada somente em 2,3% de todos os pacientes (1,7% das mulheres versus 2,6% dos homens; p=0,422). Nas mulheres, a taxa de ICP primária foi menor (44% versus 54,5%; p=0,003) e a mortalidade hospitalar foi maior (16,1% versus 6,7%; p<0,001) que nos homens. Conclusão: As mulheres apresentam taxas significativamente menores de ICP primária e significativamente maiores de mortalidade hospitalar que os homens. A taxa de reperfusão em ambos os gêneros foi baixa e houve nítida subutilização de agentes trombolíticos.

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