Art&Sensorium: Revista Interdisciplinar Internacional de Artes Visuais (Jun 2019)
Différences Coloniales – Fronteiras Culturais – Biogeografias e Exterioridades dos Saberes
Abstract
O que dizer de sujeitos contemporâneos, diversidade e transculturação do lugar que toma um "color" discursivo enunciativo, como diria Mignolo (2003), por diversalidade outra, sobretudo porque nesse lócus fronteiriço de onde falo, pautado em práticas artísticas, a divers(al)idade, a (trans)(cultura)(ação) entre os lugares geofísicos e os sujeitos "” as biogeográficas "” estão sempre em movimentos de (e)(i)migrações. As demandas culturais contemporâneas situam-nos em lugares de conceitos e pré-conceitos. Nas produções em artes tais demandas não o são diferentes. Especialmente pensar em produções artísticas (críticas, práticas e pedagógicas) de um lócus enunciativo encravado na tríplice fronteira (Brasil/Paraguai/Bolívia): caso de Mato Grosso do Sul. Logo, deve haver teórico e criticamente uma preocupação dos artistas, teóricos, críticos e professores das artes em conceituar esses "˜agoras' das/nas grafias (discursivas, porquanto) que nos obrigam situar – já, as (e)(i)migrações biogeográficas – desigualdades, identidades, pluralismos e culturas de uma(s) perspectiva epistemológica que melhor contempla as "idas" /"vindas" da contemporaneidade. Nesse sentido, digo que o mundo todo está trans(itando)culturando na atualidade. Seja por necessidade, seja voluntária, as biogeografias estão transladando continentes – por mar, ar ou por terra – em busca de igualdades, identidades (de pertencimentos), pluralidades e liberdades culturais. Por isso, reflito a partir de algumas epistemologias contemporâneas, tomadas como método contramoderno de argumentação de pensar a partir de (fronteiras biogeográficas culturais), discursos, espaços, histórias e memórias que erigem em situ-ações outras. Tais perspectivas epistemológicas, se, por um lado, podem até não dialogar entre si, por outro elas me são pertinentes na (não)conversa, mas como conversação, tendo em vista meu lugar biogeográfico – de onde falo e das produções que quero meu discurso compreendido – a (in)compreensão do (extra)(nho)(ngeiro) é condição para sobrevi(da)vência na fronteira. Ou seja, é na (in)compreensão ou na ambiguidade da visada moderna desses que esse lócus e sujeitos biogeográficos sobre-vivem.