Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Mar 1998)
Insular epilepsy: similarities to temporal lobe epilepsy case report Epilepsia insular: similaridades à epilepsia do lobo temporal - relato de caso
Abstract
Insular epilepsy has been rarely reported and its clinical and electrographic features are poorly understood. The electrographic study of the insula is difficult since it is hidden from the brain surface by the frontal and temporal lobe. A 48 years-old woman started having simple partial autonomic and complex partial seizures with automatisms and ictal left arm paresis 8 years prior to admission. Seizure's frequency was 1 per week. Pre-operative EEG showed a right temporal lobe focus. Neuropsychological testing disclosed right fronto-temporal dysfunction. MRI showed a right anterior insular cavernous angioma. Intraoperative ECoG obtained after spliting of the sylvian fissure showed independent spiking from the insula and temporal lobe and insular spikes that spread to the temporal lobe. The cavernous angioma and the surrounding gliotic tissue were removed and the temporal lobe was left in place. Post-resection ECoG still disclosed independent temporal and insular spiking with a lower frequency. The patient has been seizure-free since surgery. Insular epilepsy may share many clinical and electroencephalographic features with temporal lobe epilepsy.A epilepsia insular tem sido raramente relatada e suas características clínicas e eletrencefalográficas são pobremente conhecidas. O estudo eletrográfico da ínsula é difícil já que ela se encontra recoberta pelos lobos frontal e temporal. Uma paciente, de 48 anos, começou a ter crises parciais simples autonômicas e crises parciais complexas com automatismos e paresia crítica de membro superior esquerdo 8 anos antes desta internação. A frequência de crises era de 1/semana . O EEG pré-operatório mostrou foco temporal direito. Testagem neuropsicológica demonstrou disfunção fronto-temporal direita. RMN demonstrou cavernoma insular anterior direito. A eletrocorticografia intraoperatória obtida após a abertura da fissura sylviana demonstrou a presença de espículas independentes na ínsula e no lobo temporal, além de descargas que se originavam na ínsula e espraiavam ao lobo temporal. O angioma cavernoso e a área gliótica ao seu redor foram removidos e o lobo temporal foi deixado em seu lugar. A eletrocorticografia após a ressecção ainda demonstrou a presença de descargas nestas regiões, em menor frequência. A paciente está sem crises desde a cirurgia. A epilepsia insular pode compartilhar diversos aspectos clínicos e eletrográficos com a epilepsia do lobo temporal.
Keywords