Revista Paulista de Pediatria (Nov 2017)
ESPIROMETRIA EM ESCOLARES DURANTE ESTUDOS DE CAMPO: REALIZAÇÃO EM DIAS DIFERENTES ALTERA O RESULTADO DO EXAME?
Abstract
RESUMO Objetivo: Analisar se há alteração no resultado do exame espirométrico executado por escolares saudáveis, quando realizado em dias diferentes. Métodos: Estudo transversal com escolares saudáveis com 7 a 12 anos, provenientes de escolas da Grande Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Foram incluídas crianças pré-púberes, não atletas, nascidas a termo, sem qualquer doença cardiorrespiratória, reumática, musculoesquelética, neurológica e déficits visuais ou auditivos. A higidez da criança foi avaliada por meio de um questionário de saúde e do questionário International Study of Asthma and Allergies in Childhood. O exame espirométrico foi realizado em 3 dias diferentes, não excedendo o intervalo de 15 dias entre o primeiro e o último exame, seguindo as diretrizes da American Thoracic Society. Foram analisados os valores absolutos e os percentuais dos valores preditos de capacidade vital forçada, volume forçado no primeiro segundo e pico de fluxo expiratório. A análise estatística foi realizada com o teste de normalidade de Shapiro-Wilk, seguida por análise de variância de uma via ou teste de Friedman e pelo teste post-hoc de Bonferroni para comparações múltiplas paramétricas. Foi aplicado o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) para comparar os resultados dos mesmos pacientes entre os diferentes dias. Resultados: Vinte e duas crianças foram analisadas, com média de idade de 9,3±1,1 anos. Todos os parâmetros espirométricos apresentaram redução numérica no decorrer dos dias avaliados, no entanto, sem diferença significante. Na análise da reprodutibilidade da espirometria, os testes apresentaram coeficiente de correlação intraclasse >0,70. Conclusões: Não houve alteração do resultado da espirometria executada por escolares saudáveis em três dias distintos.
Keywords