História (Jan 2008)
Villegagnon: herói ou vilão? Villegagnon: hero or villain?
Abstract
Villegagnon é um dos personagens mais massacrados de nossa história colonial. O motivo foi a freqüente reedição do livro Viagem à Terra do Brasil, de Jean de Léry, e da História dos Mártires, de Jean Crespin, entre os historiadores. Villegagnon é o vilão. Recentemente, em 1991, o historiador naval Leonce Peillard publicou em Paris o livro intitulado Villegagnon, Vice-amiral de Bretagne et Vice-roi du Brésil (Edições Perrin), que apresenta convincentes pesquisas recentes, explica e absolve Villegagnon das acusações dos calvinistas. Depois disso, a Marinha brasileira decidiu homenagear Villegagnon e, em 2000, o embaixador do Brasil na França instalou um obelisco feito com pedras da ilha em sua cidade natal de Provins, perto de Paris. O almirante francês é considerado por muitos historiadores como o verdadeiro fundador do Rio de Janeiro, e não Estácio de Sá, que só chegou à Guanabara onze anos depois.Villegagnon is one of the characters most massacred in our colonial history. The reason for this was the frequently re-edited book, Travel to the Land of Brazil by Jean de Lery, as well as the History of Martyrs by Jean Crespin, both found among the historians. Villegagnon is portrayed as the villain. Recently in 1991, the naval historian, Leonce Peillard, published in Paris a book entitled Villegagnon, the Vice-admiral of Britanny and Viceroy of Brazil (Perrin Editions) that showed convincing recent research explaining and absolving Villegagnon of the Calvinists' accusations. After this, the Brazilian Navy decided to pay homage to Villegagnon and in the year 2000, the Brazilian ambassador in France raised an obelisk made of stones from the Island in Provins, his birthplace, near Paris. The French admiral is considered by many historians as the true founder of Rio de Janeiro and not Estacio de Sa, who only arrived in Guanabara eleven years later.
Keywords