Revista Brasileira em Promoção da Saúde (Nov 2019)
Indicadores de cobertura vacinal para classificação de risco de doenças imunopreveníveis
Abstract
Objetivo: Descrever os indicadores de cobertura vacinal e o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis. Métodos: Estudo ecológico descritivo, tendo como unidade de análise os municípios da 1ª Região de Saúde do estado de Pernambuco. Utilizou-se a metodologia proposta pelo Ministério da Saúde, elaborada no ano de 2016, para classificação de risco de doenças imunopreveníveis, e coletaram-se os dados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações do estado. Descreveram-se as variáveis referentes à situação vacinal das vacinas básicas para os menores de dois anos de idade (cobertura vacinal, taxa de abandono e homogeneidade da cobertura vacinal) e o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis a partir da distribuição de frequências absolutas, relativas e médias. Resultados: Dos vinte municípios analisados, 20% (n=4) apresentaram a classificação de risco muito alto, 55% (n=11) tiveram risco alto, 15% (n=3) apresentaram risco médio e 10% (n=2) classificaram-se com risco muito baixo. As vacinas tetra viral, rotavírus e meningocócica C apresentaram os menores valores de cobertura na região: 25% (n=5) dos municípios alcançaram a meta da homogeneidade da cobertura vacinal entre vacinas e 20% (n=4) dos municípios estão com esse indicador zerado. As vacinas rotavírus, pentavalente e poliomielite apresentaram as maiores taxas de abandono. Conclusão: Nos municípios analisados há um enquadramento nas categorias de risco muito alto e alto, além de baixos indicadores de cobertura vacinal, evidenciando que há uma relação inversamente proporcional entre o risco e os indicadores.
Keywords