Trabalho Necessário (Mar 2019)

BRASIL, TIRA A POEIRA DOS PORÕES (OU, PARA ALÉM DA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO)

  • Lia Tiriba,
  • Maria Cristina Paulo Rodrigues,
  • José Luiz Cordeiro Antunes

DOI
https://doi.org/10.22409/tn.17i32.p28299
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 32

Abstract

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Difícil escrever um editorial sintonizado com a conjuntura, principalmente quando se trata de refletir sobre o que, em 1967, Guy Debord (1997) denominou de “sociedade do espetáculo”. Escandalizado com a capacidade das sociedades modernas produzirem um arsenal de espetáculos que favorece “a inversão concreta da vida” (p.13), Debord afirma que a materialização da ideologia se manifesta como uma espécie de esquizofrenia, ou “um fato alucinatório social”. (p.139). Sem desconsiderar as bases materiais de produção social da existência, e, portanto, o diálogo com o materialismo histórico, e em especial com a Ideologia Alemã, de Marx e Engels, o autor assegura que “a ideologia é a base do pensamento de uma sociedade de classes, no curso conflitante da história” (p.137).