Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Jun 2004)

Controle de qualidade interlaboratorial em imuno-histoquímica: citoceratinas e receptor de estrógeno como modelos Interlaboratorial quality-control in immunohistochemistry: cytokeratins and estrogen receptors as models

  • Venâncio Avancini Ferreira Alves,
  • Luciana de Oliveira Leandro,
  • José Vassallo,
  • Emílio Marcelo Pereira,
  • Cristina Takami Kanamura,
  • Alda Wakamatsu,
  • Raimunda Telma de Macedo Santos,
  • Suely Nonogaki

DOI
https://doi.org/10.1590/S1676-24442004000300008
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 3
pp. 175 – 183

Abstract

Read online

INTRODUÇÃO: O grande incremento do uso da imuno-histoquímica (IHQ) em numerosos laboratórios de anatomia patológica amplia o poder de resolução diagnóstica, mas traz certo grau de heterogeneidade de procedimentos e resultados. Seguindo recentes propostas da literatura internacional, participantes do Clube de IHQ da Sociedade Brasileira de Patologia desenvolvem ações de controle de qualidade, aplicando protocolos de sua rotina à pesquisa de antígenos que sirvam como indicadores de qualidade da reação. MATERIAL E MÉTODO: Um total de dez laboratórios participou das duas etapas deste estudo, cujos marcadores foram pancitoceratinas e receptores de estrógeno. Com lâminas controle recebidas dos laboratórios, cada participante efetuou a técnica de IHQ conforme sua prática diária, retornando as lâminas juntamente com o formulário de procedimento. A avaliação semiquantificada de 0 a 4 da intensidade da reação específica e de 0 a 3 da coloração de fundo e da qualidade da técnica histológica foram atribuídas individual e sigilosamente durante a projeção em data show em reunião do Clube de IHQ, gerando um escore final. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As variações na imunocoloração de citoceratinas e receptor de estrógeno não comprometeram sua detecção nas lâminas preparadas nos diversos laboratórios. Tais variações associaram-se à diversidade de sistemas de recuperação antigênica e de amplificação, resultando ora em imunopositividade menos intensa, ora em maior fundo. Outros estudos devem abordar questões de interpretação, incluindo-se critérios para semiquantificação.BACKGROUND: The expansion of the use of immunohistochemistry (IHC) in numerous laboratories extends the power of diagnostic resolution, but may impart heterogeneity in procedures and results. Following recent international proposals, participants of the Club of IHC of the Brazilian Society of Pathology developed actions of quality control applying routine protocols for detection of some of the most relevant antigens as quality probes. OBJECTIVES: Ten laboratories participated on the present study on keratins and estrogen receptors. MATERIAL AND METHOD: On control-slides sent from each laboratory, each participant performed IHC reaction according to his daily practice, returning the slides with the filled procedure form. The evaluation of the intensity of the specific reaction and back-ground was performed individually during data show projection in a meeting of the Club of IHC, yielding a final score of performance. DISCUSSION AND CONCLUSION: The methodology adopted was found useful to ascribe the performance to the heterogeneous systems of antigenic retrieval and amplification, leading to the identification of moderate variation in intensity of immunoreaction and in back-ground, but not compromising the antigen detection in any of these laboratories. Other studies must approach interpretative questions, including semi-quantitation and cut-offs.

Keywords