Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Apr 2001)
Use of a condom in sex relations by HIV carriers Uso de preservativo em relações sexuais por portadores de HIV
Abstract
The frequency with which condoms are used in sex relations by subjects with HIV was determined by interviewing 132 individuals, 82 men and 50 women, most of them from São Paulo state and some from other regions of the country, all of them seen at an outpatient clinic of the School of Medicine in Botucatu. The women were younger, were of lower educational level and had poorer professional qualification than men. Also, a greater proportion of women were widowed, separated or divorced. We observed that 43.9% of men and 72% of women had been contaminated by the sexual route, but only 41.2% of the men and 31.8% of the women reported the use of a condom after the diagnosis of infection, with most men and women preferring sexual abstinence. The results enable the conclusion that there is still a need to continue to provide information about the use of condoms and to guarantee their free-of-charge distribution due to the low levels of education and professional qualification of the individuals studied. The data also suggest that campaigns for the dissemination of preventive measures should consider the social and cultural differences of infected women.Para estudar a ocorrência da utilização do preservativo masculino em relações sexuais pelos portadores do HIV, foram entrevistados 132 indivíduos, sendo 82 homens e 50 mulheres. A maioria do Estado de São Paulo e algumas de outras regiões do País, atendidas na Faculdade de Medicina de Botucatu. As mulheres eram mais jovens, tinham menor escolaridade, pior qualificação profissional que os homens, e ainda, maior proporção era de viúvas, separadas, desquitadas e divorciadas. Verificou-se que 43,9% dos homens e 72% das mulheres foram contaminados pela via sexual, mas apenas 41,2% dos primeiros e 31,8% das mulheres referiram utilização do preservativo após o diagnóstico de infecção, a maioria de homens e mulheres preferindo observar abstinência sexual. Os resultados permitem concluir que ainda há necessidade de se manter informação continuada sobre a importância do uso do preservativo, além de se garantir sua distribuição gratuita, pelos baixos níveis de instrução e qualificação profissional dos indivíduos. Sugerem, ainda, que as campanhas de divulgação de medidas preventivas considerem as diferenças sociais e culturais das mulheres que se infectam.
Keywords