Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ()

Nefrectomia laparoscópica por nefrolitíase: quando é melhor evitar.

  • Alexandre Danilovic,
  • Thiago Augusto Cunha Ferreira,
  • Fábio Carvalho Vicentini,
  • Fábio César Miranda Torricelli,
  • Giovanni Scala Marchini,
  • Eduardo Mazzucchi,
  • Willian Carlos Nahas,
  • Miguel Srougi

DOI
https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20192092
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 3

Abstract

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RESUMO Objetivo: investigar os fatores de risco de conversão para cirurgia aberta na nefrectomia laparoscópica (NL) para urolitíase. Métodos: foram revisados os dados de todos os pacientes maiores de 18 anos de idade submetidos à NL entre janeiro de 2006 e maio de 2013 em nossa Instituição. Índice de Charlson, escore ASA, função renal pela equação e estágio de MDRD (Modification of Diet in Renal Disease), achados de tomografia computadorizada (TC) pré-operatória, complicações pela classificação de Clavien-Dindo e taxa de conversão foram analisados. Determinaram-se os fatores de risco para conversão por meio de regressão logística. Resultados: oitenta e quatro pacientes foram submetidos à LN, sendo que 16 (19%) tiveram seu procedimento convertido para cirurgia aberta devido à forte aderência do hilo renal aos órgãos adjacentes. Outras causas associadas à conversão foram sangramento excessivo (n=6) e lesão do intestino grosso (n=3). Na análise univariada, cirurgia renal prévia, borramento da gordura perirrenal, abscesso renal, abscesso perirrenal, abscesso pararrenal, fístula, aderência ao fígado ou baço e aderência ao intestino foram associados à conversão. Na análise multivariada, abscesso pararrenal e aderência ao intestino foram fatores de risco significativos para a conversão. Conclusão: abscesso pararrenal e aderência ao intestino demonstrados na TC pré-operatória são fatores de risco de conversão para cirurgia aberta em LN por urolitíase.

Keywords